Um dos grandes aliciantes das funções que desempenho actualmente tem a ver com a enorme abrangência e diversidade do raio de acção. Tanto posso estar a atender um telefonema da Delegação Regional de Educação como a negociar no minuto seguinte, o cachet de uma bailarina de ventre para o próximo festival islâmico.
Nestas andanças, o dia pode começar extraordinariamente bem e terminar irremediavelmente mal. Há mesmo dias perfeitamente arrasadores que se viram com vitórias que já se esperavam impossíveis.
Nestas andanças, as tristezas e as derrotas são sempre elevadas ao expoente máximo e por isso mesmo, as vitórias, mesmo que pequeninas, sabem sempre tão bem.
Nunca escondo que muitos dos melhores momentos têm sido com os miúdos, nas escolas, nos prolongamentos de horários, nos passeios e nos tempos livres. Quando os vejo entrar para o Judo com que eu tanto sonhei quando era miúdo; ou aprender Inglês na 1ª classe e perceber a língua dos cantores que mais gostam; ou dar os primeiros passos no ballet; ou serem campeões de escolinhas em futebol; ou aprender um instrumento novo e ler uma pauta; ou andar de barco a motor na piscina da Portagem; ou correr para mim para me cumprimentar quando entro numa escola (Eh Pedro!); sinto um calorzinho tão bom no coração que é ali que passo a ir buscar alento quando as inevitáveis nuvens negras se aproximam. Eles são os meus heróis.
Tenho tido comigo excelentes profissionais e o meu sucesso a eles se deve também. No caso das Ludotecas e uma vez que falamos em concreto, o Professor Filipe Ferreira e as incansáveis Dora e Idalina tudo têm feito para garantirem que as nossas crianças crescem felizes. Para isso, têm também contado com a ajuda de diversas pessoas, muitas delas voluntárias ou integradas em programas ocupacionais que deram preciosos contributos.
Na terça-feira foi o dia de encerramento das actividades de Verão e o Filipe não o fez por menos, preparou uma matinée na Discoteca “A Cave”e lá reuniu as crianças das duas ludotecas. Os pais levaram os sumos, as sandes e os rissóis; a equipa da discoteca cedeu o espaço, a Ana Maria e o Reis prestaram apoio e eu, como convidado, também levei os discos da pequena e fiz uma pequena sessão de dj.
Meus amigos, simplesmente inesquecível. Eu só queria que pudessem ver a genica daqueles índios, a correrem e saltarem e gritarem e dançarem até em cima das colunas. Mas coitadinhos, como não têm noção do que é uma pista de dança, andavam por ali a rodar em tudo o que é sítio. Falaram muito uns com os outros, de vez em quando sentavam-se nos sofás, bebiam laranjada e até pediram os hits favoritos. Muito, muito bom.
Que vontade de poder esticar a mão, abri-la, fechá-la e guardá-los todos para sempre, assim daquele tamanhinho delicioso!
Eu disse à minha, “então filha, vens já ou esperas que te venham buscar?”.
“Não pai! Tu não percebes! Eu vou ficar aqui a noitinha toda, toda!”.
Já faltou mais! (Para mal dos meus pecados!)
Nestas andanças, o dia pode começar extraordinariamente bem e terminar irremediavelmente mal. Há mesmo dias perfeitamente arrasadores que se viram com vitórias que já se esperavam impossíveis.
Nestas andanças, as tristezas e as derrotas são sempre elevadas ao expoente máximo e por isso mesmo, as vitórias, mesmo que pequeninas, sabem sempre tão bem.
Nunca escondo que muitos dos melhores momentos têm sido com os miúdos, nas escolas, nos prolongamentos de horários, nos passeios e nos tempos livres. Quando os vejo entrar para o Judo com que eu tanto sonhei quando era miúdo; ou aprender Inglês na 1ª classe e perceber a língua dos cantores que mais gostam; ou dar os primeiros passos no ballet; ou serem campeões de escolinhas em futebol; ou aprender um instrumento novo e ler uma pauta; ou andar de barco a motor na piscina da Portagem; ou correr para mim para me cumprimentar quando entro numa escola (Eh Pedro!); sinto um calorzinho tão bom no coração que é ali que passo a ir buscar alento quando as inevitáveis nuvens negras se aproximam. Eles são os meus heróis.
Tenho tido comigo excelentes profissionais e o meu sucesso a eles se deve também. No caso das Ludotecas e uma vez que falamos em concreto, o Professor Filipe Ferreira e as incansáveis Dora e Idalina tudo têm feito para garantirem que as nossas crianças crescem felizes. Para isso, têm também contado com a ajuda de diversas pessoas, muitas delas voluntárias ou integradas em programas ocupacionais que deram preciosos contributos.
Na terça-feira foi o dia de encerramento das actividades de Verão e o Filipe não o fez por menos, preparou uma matinée na Discoteca “A Cave”e lá reuniu as crianças das duas ludotecas. Os pais levaram os sumos, as sandes e os rissóis; a equipa da discoteca cedeu o espaço, a Ana Maria e o Reis prestaram apoio e eu, como convidado, também levei os discos da pequena e fiz uma pequena sessão de dj.
Meus amigos, simplesmente inesquecível. Eu só queria que pudessem ver a genica daqueles índios, a correrem e saltarem e gritarem e dançarem até em cima das colunas. Mas coitadinhos, como não têm noção do que é uma pista de dança, andavam por ali a rodar em tudo o que é sítio. Falaram muito uns com os outros, de vez em quando sentavam-se nos sofás, bebiam laranjada e até pediram os hits favoritos. Muito, muito bom.
Que vontade de poder esticar a mão, abri-la, fechá-la e guardá-los todos para sempre, assim daquele tamanhinho delicioso!
Eu disse à minha, “então filha, vens já ou esperas que te venham buscar?”.
“Não pai! Tu não percebes! Eu vou ficar aqui a noitinha toda, toda!”.
Já faltou mais! (Para mal dos meus pecados!)
1 comentário:
Mais, cuantas crianças têm Marvao? e cuantos habitantes? , Têm discoteca?, Têm aulas de judo?, .... Devo estar muito enganada com a conta, quando la vou e é com frecuencia, ja que sempre que ca vem algum amigo de fora me visitar é visita obrigada o vosso povo, parece que sao muitos poucos e nas ruas o que mais se vem sao forasteiros (entre os que nao me conto). Penso que deve ser o nosso vicio espanhol de passar o tempo na rua, ou sejá onde for, mais fora de casa. O tempo que passei em Portugal habitueme a combinar com os amigos e jantar nas casa de uns e de outros, mas nos cá juntamonos quase sempre fora de casa, quando chega uma hora, todo o mundo sai: café, asociaçoes, teatro, música, desporto...... mas sempre fora das nossa casa.... é se calhar por esse motivo que nós parecemos mais...... digo eu.
Pedro os meninos de todo o mundo estao tao consternados como nós com o caso da Madeleine, nao há nada mais triste e mais nojento do que ver alguém fazer mal a uma criança, mais ainda por cima pensar que os propios pais podem estar implicados.... é muito forte para todos... En fim seja como for, todos deveríamos lutar por conseguir um mundo melhor para eles e um futuro mais humano e mais justo.
Em relaçao ao nosso futuro contacto para conversamos sobre asuntos que sao importantes para todos na fronteira, queria que soubesses que quarta feira temos um Pleno municipal e uma das nossas propostas será a criaçao de uma comissao formada por representantes de todos o grupos políticos encarregada de entrar en contacto com os municipios portugueses perto da fronteira e comenzar essa aproximaçao da que falavamos e estudio de projectos comuns, que sao muitos e abragam grande parte da aspectos da nossa vida: cultura, educaçao e bilinguismo, turismo, intercambios, possivel hospital..... etc. Temos muito trabalho mais quando tiver tempo já vos conto tudo.
Um abraço.
Peço perdao pelos erros.
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