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Para aqueles que andam mais distraídos, fiquem a saber que nós cá em Marvão temos um novo herói.
É verdade!
E por mais que continuem com esta mania tremenda de quererem puxar para Portalegre ou para outro sítio qualquer aquilo que é nosso e é bom, eu digo-vos que desta vez não vamos deixar.
O homem que salvou o Ramos-Horta, o Presidente de Timor-Leste, é de Marvão, catano!
Bem podem vir com histórias a dizer que era enfermeiro não sei onde e que era bombeiro em tal parte e fazerem de conta que nós não existimos que nós sabemos bem ao que isto vai.
De Marvão, meus amigos. De Marvão porque a malta daqui é feita desta massa.
E esta é uma daquelas casualidades que nos deixa a todos, filhos desta terra, felizes.
Soube dos atentados logo na rádio, pela manhã, e custou-me ouvir como é possível que os interesses instalados, farejando petróleo, poder e minério, podem deitar por terra os sonhos de um país que todos nós ajudámos a parir, pelo menos em pensamentos.
Não há certamente alma viva que não se tenha arrepiado ao ver as imagens não editadas do massacre do cemitério de Santa Cruz, num cenário bizarro de terror inimaginável no qual seres iguais a nós foram caçados como se de animais selvagens se tratassem.
Gritos, campas e poeira. Olhares trémulos e orações em português.
Não pode haver gente que respire que não se tenha comovido com a coragem de Xanana e dos guerrilheiros das montanhas, com a classe diplomática e a luta de bastidores de Ramos-Horta, com a notável onda de solidariedade que uniu todo o país.
É por isso que tão duro ver como tudo se desmorona de um momento para o outro.
O sentimento que tenho em relação a Timor é o de uma criança que assiste impotente ao divórcio irreconciliável dos pais.
É difícil demais sobreviver enquanto estrutura organizada quando há tanto em jogo e predadores tão grandes a rondar a presa.
Quando soube do atentado, fiquei triste por todos aqueles que morreram e lutaram por Timor, por todos aqueles que tanto trabalharam para o reerguer das cinzas, por todos aqueles que tombaram na última grande epopeia democrática dos nossos tempos.
Soube por familiares, meus colegas de trabalho, que o Jorge tinha estado em cima do acontecimento.
Nunca pensei foi que fosse tanto!
Um pouco mais velho que eu, o Jorge sempre foi assim um gajo circunspecto, que parecia mais velho que os outros, talvez pelo seu próprio percurso de vida. Quando nós só pensávamos em ramboiar, ele mantinha assim aquele ar algo sisudo que lhe conferia uma respeitabilidade insuspeita.
Já tinha ouvido dizer que era um profissional a toda a prova, do género daqueles gajos das séries que dão na televisão, digno de entrar num “Dr. House”, um “E.R.” ou numa “Anatomia de Grey”.
As voltas que a vida dá, hem? Quem é que lhe havia de dizer, quando embarcou nesta missão, que haveria de ser ele a salvar o nº 1 deste estado tão nosso irmão. Aposto que quando ouviu falar de Timor, se lhe dissessem que num fatídico dia, as suas vidas se haveriam de cruzar, o Jorge acreditaria tanto como eu acredito que me há-de sair a bonoloto espanhola onde nunca jogo. Mas olha, aconteceu e ainda bem que o homem esteve à altura. Se fosse eu e visse o outro tão mal e aos gritos, o mais certo era começar também aos gritos feito macaco, correndo como um louco pela vegetação fora. Mas também é verdade que eu nunca poderia ser, senão que raio estaria lá a fazer?
A última vez que falei com ele foi no bar do Hospital de Portalegre, quando eu visitava a minha mãe então internada e na qual trocámos algumas impressões. Sempre foi assim um low-profile e não me estranha nada que seja mesmo verdade quando diz que não se sente um herói. É o género dele.
E ele é de Marvão, atenção!
Hoje tive oportunidade de brincar e felicitar o pai e a irmã que em vez de parabéns e abraços, antes o querem cá! Eu percebo.
O progenitor, obviamente babado como é mais do que natural, não conseguia esconder o orgulho, a quem o conhece e até lhe garanti que o mais certo é o filho ser condecorado não só em Portugal como em Timor também. Só espero que o Tio Cavaco não se esqueça do rapaz e faça aquilo que é devido.
Quanto ao Ramos Horta e aos timorenses, era fixe se dessem aos naturais do concelho do salvador, um estatuto tipo”tudo à pala”, com direito a férias à borla para surfar e curtir naquelas praias maravilhosas. Mesmo que não chegue a nós, pelo menos a ele e aos dele é capaz de chegar e ainda bem porque é mais do que merecido.
O caso é mesmo para louvores. No Cavaco não mando eu mas cá pelo burgo, é mais do que merecida a atenção.
Pela parte que me toca…
É verdade!
E por mais que continuem com esta mania tremenda de quererem puxar para Portalegre ou para outro sítio qualquer aquilo que é nosso e é bom, eu digo-vos que desta vez não vamos deixar.
O homem que salvou o Ramos-Horta, o Presidente de Timor-Leste, é de Marvão, catano!
Bem podem vir com histórias a dizer que era enfermeiro não sei onde e que era bombeiro em tal parte e fazerem de conta que nós não existimos que nós sabemos bem ao que isto vai.
De Marvão, meus amigos. De Marvão porque a malta daqui é feita desta massa.
E esta é uma daquelas casualidades que nos deixa a todos, filhos desta terra, felizes.
Soube dos atentados logo na rádio, pela manhã, e custou-me ouvir como é possível que os interesses instalados, farejando petróleo, poder e minério, podem deitar por terra os sonhos de um país que todos nós ajudámos a parir, pelo menos em pensamentos.
Não há certamente alma viva que não se tenha arrepiado ao ver as imagens não editadas do massacre do cemitério de Santa Cruz, num cenário bizarro de terror inimaginável no qual seres iguais a nós foram caçados como se de animais selvagens se tratassem.
Gritos, campas e poeira. Olhares trémulos e orações em português.
Não pode haver gente que respire que não se tenha comovido com a coragem de Xanana e dos guerrilheiros das montanhas, com a classe diplomática e a luta de bastidores de Ramos-Horta, com a notável onda de solidariedade que uniu todo o país.
É por isso que tão duro ver como tudo se desmorona de um momento para o outro.
O sentimento que tenho em relação a Timor é o de uma criança que assiste impotente ao divórcio irreconciliável dos pais.
É difícil demais sobreviver enquanto estrutura organizada quando há tanto em jogo e predadores tão grandes a rondar a presa.
Quando soube do atentado, fiquei triste por todos aqueles que morreram e lutaram por Timor, por todos aqueles que tanto trabalharam para o reerguer das cinzas, por todos aqueles que tombaram na última grande epopeia democrática dos nossos tempos.
Soube por familiares, meus colegas de trabalho, que o Jorge tinha estado em cima do acontecimento.
Nunca pensei foi que fosse tanto!
Um pouco mais velho que eu, o Jorge sempre foi assim um gajo circunspecto, que parecia mais velho que os outros, talvez pelo seu próprio percurso de vida. Quando nós só pensávamos em ramboiar, ele mantinha assim aquele ar algo sisudo que lhe conferia uma respeitabilidade insuspeita.
Já tinha ouvido dizer que era um profissional a toda a prova, do género daqueles gajos das séries que dão na televisão, digno de entrar num “Dr. House”, um “E.R.” ou numa “Anatomia de Grey”.
As voltas que a vida dá, hem? Quem é que lhe havia de dizer, quando embarcou nesta missão, que haveria de ser ele a salvar o nº 1 deste estado tão nosso irmão. Aposto que quando ouviu falar de Timor, se lhe dissessem que num fatídico dia, as suas vidas se haveriam de cruzar, o Jorge acreditaria tanto como eu acredito que me há-de sair a bonoloto espanhola onde nunca jogo. Mas olha, aconteceu e ainda bem que o homem esteve à altura. Se fosse eu e visse o outro tão mal e aos gritos, o mais certo era começar também aos gritos feito macaco, correndo como um louco pela vegetação fora. Mas também é verdade que eu nunca poderia ser, senão que raio estaria lá a fazer?
A última vez que falei com ele foi no bar do Hospital de Portalegre, quando eu visitava a minha mãe então internada e na qual trocámos algumas impressões. Sempre foi assim um low-profile e não me estranha nada que seja mesmo verdade quando diz que não se sente um herói. É o género dele.
E ele é de Marvão, atenção!
Hoje tive oportunidade de brincar e felicitar o pai e a irmã que em vez de parabéns e abraços, antes o querem cá! Eu percebo.
O progenitor, obviamente babado como é mais do que natural, não conseguia esconder o orgulho, a quem o conhece e até lhe garanti que o mais certo é o filho ser condecorado não só em Portugal como em Timor também. Só espero que o Tio Cavaco não se esqueça do rapaz e faça aquilo que é devido.
Quanto ao Ramos Horta e aos timorenses, era fixe se dessem aos naturais do concelho do salvador, um estatuto tipo”tudo à pala”, com direito a férias à borla para surfar e curtir naquelas praias maravilhosas. Mesmo que não chegue a nós, pelo menos a ele e aos dele é capaz de chegar e ainda bem porque é mais do que merecido.
O caso é mesmo para louvores. No Cavaco não mando eu mas cá pelo burgo, é mais do que merecida a atenção.
Pela parte que me toca…
4 comentários:
boas pedro. fiquei cm tu qd soube que o homem é de Marvão. é bom. é motivo de orgulho.
numa outra vertente (menos merecedora de gratidão sentida, mas nem por isso menos interessante), tb é motivo de orgulho ouvir o scolari, qd instado a dizer qual a terra do nosso país que mais o marcou nas viagens que fez pelo país, dizer:
#1 Marvão;
#2 Douro vinhateiro; e
#3 Açores.
claro que a seguir disse que todo o nosso país é lindo, e mais e tal, mas o que é facto é que, EM PRIMEIROS falou de Marvão, catano!
Marvão rules!, cm diriam os bifes.
homenageia o Jorge Marques, que ele merece-o. e continua a fazer por Marvão o que tens feito (mm que só ao nível das felicidades, teoricamente, não essenciais).
quanto ao resto, outros assuntos mais sensíveis, esperemos que os proponhas, qu'eu depois visto a farda de 'intelectual de esquerda' e logo digo o que penso.
para já, sem esquerdices nem intelectualices digo:
VIVÓ JORGE! funcionário competente, corajoso e altruísta. de Marvão para timor, para salvar o seu presidente. e o resto são cantigas.
abraço
Duas grandes fezadas para Marvão, num curto espaço de tempo.
Não estamos habituados a estes luxos, verdade?
O Jorge, que nos saiu herói, não poderia renunciar a ser de Marvão, já fosse ele herói ou vilão...
A do Filipão, essa foi mesmo a " doer". Agora é que os bimbos nunca lhe vão perdoar.
Como é que um gajo que coloca Marvão à frente do Douro,pode saber treinar a selecção das quinas? Imposible!!!!!
Prá lém disso, começa-se a provar que a Senhora de Fátima não pode com a de Caravagio. Mas isso é uma questão de fé. Nada mais... ;)
O Jorge, colega de escola e de outras guerras...
Do Canto...
Do grupo...
É com garra e louvor que digo e ele bem o entende..
O Jorge... é o Jorge...
Bjs
Meu marinheiro de água doce, que te perdia o rasto.
Bem-vindo sejas, ó marujo! Que o tasqueiro já te tinha dado pela falta.
Como tenho andado a rodar tanto nos últimos dias, já te queria ter chegado mas só hoje pude mesmo.
Não faltes à chamada pá! Que isto sem ti fica mais mortiço.
Só me falta mesmo que me venhas pedir cachet por esse papel de Relações Públicas da taberna!
Tá tudo em ordem?
Já me tinha preocupado contigo e perguntado por ti ao Buga-mor que me tranquilizou justificando a falta com afazeres pessoais e profissionais.
Só espero que não te marches zangado.
Eu vivo dos clientes e se não regressam, fecho a porta.
Vá lá, anda p’ra dança!
Grande abraço.
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