terça-feira, 22 de dezembro de 2009

El Diós



Assisto embevecido à sentida homenagem cinematográfica que mestre Kusturica dedicou a Diego Armando Maradona e constato com regalo que todas as minhas convicções tinham afinal fundamento.

“El Pibe” foi mesmo o maior futebolista de todos os tempos.

É certo que nunca assisti a um jogo completo dos seus eternos rivais pelo título, Eusébio ou do Pélé (habituei-me a ver as mesmíssimas imagens e os tais golos de sempre…), mas estou certo que por mais talento, velocidade, visão de jogo ou capacidade concretizadora que tivessem, nenhum deles atingiu a dimensão do argentino.

Maradona foi o verdadeiro jogador Rock’n’Roll.

Carismático, revolucionário, indomável, demolidor, incendiou os estádios e as ligas por onde passou, elevando o futebol ao patamar máximo da insurreição.

Apesar da sua baixa estatura, quando enchia o peito e olhava o adversário de frente, todos sabiam que ninguém o podia parar. Todo ele era magia, convicção, luta, determinação e poder.

Maradona foi um dos maiores heróis do meu tempo, um ícone moderno, sempre digno na glória dos golos e no inferno das drogas, nunca deixando de viver de coração aberto, com as forças e fraquezas a saltarem-lhe do peito.

Os outros têm fãs. Os dele… criaram uma religião. Deus no céu… Maradona na terra.

Imperdível!
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Extracto do filme/documentário no qual o astro sobe ao palco para, acompanhado pelas filhas, cantar o tema que os adeptos lhe dedicaram. As enternecedoras imagens de fundo são do arquivo pessoal do craque
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Trailer oficial

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