De serviço na Megatenda,
na noite do Reveilhão,
Passei o ano no barraco,
coordenando a animação.
Depois das doze badaladas,
Passas, abraços e alegria,
Muitos votos de felicidade,
que a ocasião bem merecia.
Passei pelo lume de ano novo,
Juntei-me a todos os presentes,
Olhei para o céu e para Marvão,
Esperei ali pelos foguetes.
Peguei no telemóvel,
O fogo aguardava a chamada,
vi-me então bem apertado,
porque a rede estava “Ocupada”.
Meti-me na viatura,
Subi tão rápido quanto podia,
Bem gritava cá de baixo,
Mas o raio do homem não me ouvia.
“Ulisses!, arranque com isso!”,
Gritei ao da Pirotécnica,
Uma luz rasgou o astro,
E em segundos se fez dia.
Admirei a luz e a cor,
Ali tudo crepita e fervilha,
O atraso foi só de minutos,
O espectáculo… uma autêntica maravilha.
Dali regressei à tenda,
Meter discos p’o pessoal,
Por todo o mundo a dançar,
Ajudar a levantar o astral.
Com muito Rock e muito Pop,
Ponho os “cotas” a cantar,
Mas o mais certo é os jovens,
Começarem a assobiar.
Essa malta Sub-30,
Prefere os batuques do Reis,
Eles chamam àquilo música,
Eu ando então meio aos papéis.
Mas a malta abusa um pouco,
Bebem em quantidades anormais,
Abrasam o corpo e a mente,
Caem redondos que nem pardais.
Cantam, dançam e namoram,
Aproveitam cada segundo,
Vivem tudo numa noite,
Querem ser donos do mundo.
Afinal correu tudo bem,
Não houve brigas, nem confusão,
Apenas alguns aceleramentos,
E um ou outro empurrão.
No final restavam poucos,
Os mais duros e foliões,
Convencemo-los a ir para casa,
Com bons conselhos e sugestões.
Neste 2008 que agora chega,
Saúde, paz e sucesso,
Megatenda, até pró ano!
Aguardamos o teu regresso!
na noite do Reveilhão,
Passei o ano no barraco,
coordenando a animação.
Depois das doze badaladas,
Passas, abraços e alegria,
Muitos votos de felicidade,
que a ocasião bem merecia.
Passei pelo lume de ano novo,
Juntei-me a todos os presentes,
Olhei para o céu e para Marvão,
Esperei ali pelos foguetes.
Peguei no telemóvel,
O fogo aguardava a chamada,
vi-me então bem apertado,
porque a rede estava “Ocupada”.
Meti-me na viatura,
Subi tão rápido quanto podia,
Bem gritava cá de baixo,
Mas o raio do homem não me ouvia.
“Ulisses!, arranque com isso!”,
Gritei ao da Pirotécnica,
Uma luz rasgou o astro,
E em segundos se fez dia.
Admirei a luz e a cor,
Ali tudo crepita e fervilha,
O atraso foi só de minutos,
O espectáculo… uma autêntica maravilha.
Dali regressei à tenda,
Meter discos p’o pessoal,
Por todo o mundo a dançar,
Ajudar a levantar o astral.
Com muito Rock e muito Pop,
Ponho os “cotas” a cantar,
Mas o mais certo é os jovens,
Começarem a assobiar.
Essa malta Sub-30,
Prefere os batuques do Reis,
Eles chamam àquilo música,
Eu ando então meio aos papéis.
Mas a malta abusa um pouco,
Bebem em quantidades anormais,
Abrasam o corpo e a mente,
Caem redondos que nem pardais.
Cantam, dançam e namoram,
Aproveitam cada segundo,
Vivem tudo numa noite,
Querem ser donos do mundo.
Afinal correu tudo bem,
Não houve brigas, nem confusão,
Apenas alguns aceleramentos,
E um ou outro empurrão.
No final restavam poucos,
Os mais duros e foliões,
Convencemo-los a ir para casa,
Com bons conselhos e sugestões.
Neste 2008 que agora chega,
Saúde, paz e sucesso,
Megatenda, até pró ano!
Aguardamos o teu regresso!
1 comentário:
…que futuro para a TASCA em 2008.
(Delírios pós ano novo)
O caso andava para se dar…
Costuma o povo dizer, e com razão, que tantas as vezes a bilha vai à fonte…que um dia lá fica a asa. E assim foi.
Há já algum tempo, que uns frequentadores aqui da “tasca”, esperavam pela hora de fecho do estabelecimento e ficavam aferrolhados lá dentro, a bater umas “cartadas” de jogos pouco lícitos, a beber umas “bejecas” e a fumar umas “cigarradas”.
Entre os quais eu, o dono da “tasca”, o “guapo dias” e mais uns tantos, que mais tarde se saberá…
Bem que já nos haviam avisado, que para além da ASAE, andavam por ali outros censores, que alcunhámos de “municipales”, por causa destas coisas das relações transfronteiriças, com vontade de nos apanhar com a “boca na botija”, isto é, com as “cartas e o cigarrinho” na mão, senão mesmo, com as calças no mesmo sítio... e a coisa deu-se.
Estando nós já na última jogada da noite e a puxar uma passinha, eis que nos irromperam, sem aviso, porta a dentro, meia dúzia dos “tais municipales”, que nem nos deram tempo a meter as cartinhas no bolso e apagar os cigarritos; alegando nós que, estávamos apenas a conversar e a tentar convencer o “ti Sabi”, a manter a tasca, tirando-lhe da tola, essa coisa tola, que é mudar de ramo, e fazer do sítio, a tal famigerada “pastelaria”, ou coisa congénere.
Mas eles entraram a matar, isto é uma forma de dizer, porque valeu-nos a sorte, dos gajos ainda não irem artilhados, senão…
O chefe de brigada entrou a segar e, imediatamente, ameaçou, que ia “selar” o espaço.
Claro que não nos deixámos intimidar e usámos os nossos argumentos…e com frequência, até usámos alguns dos discutidos aqui neste sítio, nomeadamente: que isto era cultura e tradição da terra, que a comunidade gostava destas folias, que sempre tinha sido assim, que o que eles estavam a fazer era tentar padronizar tudo por igual a mando das bruxas (diga-se Bruxelas), que ali do outro lado da raia as coisas eram diferentes, que estavam a “matar” os pequenos comerciantes, etc., etc.
Às tantas, um dos nossos até aventou a hipótese de que eles deveriam fechar os olhos…e juntarem-se a nós. Pois todos, não éramos demais para amparar as nossas coisas e as nossas gentes, e que só com um verdadeiro trabalho em comum, se alcançariam os objectivos.
Mas o chefe de brigada não estava para aí virado e endureceu o tom, ameaçando, meter-nos no chilindró, com umas vergastadas no lombo. Pois já há muito que andava de olho em nós, que o “jogo” não estava autorizado e agora os cigarros ainda menos; que éramos uns foras da lei sem vergonha, que há muito tempo que nos tinha avisado e que nos ia meter na ordem. Que a “lei” era para cumprir e que ele representava a lei.
Mas foi aí, que as coisas mudaram de figura.
O dono desta tasca, até aí muito taciturno ou acabrunhado (para usar os termos dele), parecendo até um pouco encavacado, certamente, por nos ter andado tanto tempo a convencer que era amigo do “chefe de brigada”e que no passado, até havia contribuído para que o dito, ocupasse o posto que hoje tem, que não acreditava que este jamais se metesse com as actividades da tasca, etc…se levantou do canto, onde estrategicamente, sempre se sentava, como quem não aguenta mais um balão quase a rebentar, e começou a despejar, um rol de “socos e pontapés”, sobre o grupo dos “municipales”, como se de um Lutador sabido se tratasse.
Primeiro calmamente, como quem examina o seu adversário, foi-lhes dando uma espécie de “carolos” como quem aplica pequenos castigos em crianças; mas depois, à medida que se foi sentido mais à vontade, começou a enviar-lhes uma série de “direitas” e às vezes até, uma ou outra “esquerda”, que mais pareciam mísseis teleguiados, que sem precisar da nossa ajuda, pôs os metediços praticamente KO, que outra solução lhes não restou, que foi arrepiarem caminho, rabinhos entra as tíbias, e ala para que vos quero…
Claro que prometemos solidariedade ao dono da tasca, e que este seu acto de CORAGEM, valeu mais uma rodada de “bejecas”, que logo ali botámos abaixo e mais umas fumaças, livres, por enquanto, da ditadura dos “municipales”.
Em compensação, pensamos que, para júbilo de toda a freguesia, persuadimo-lo a manter a Tasca aberta, para o ano de 2008, e até toleramos umas “quadras” quadradas, certamente, feitas nas primeiras horas do novo ano!
Temos é que ter mais cautela com as “cartadas fora de horas”, fazer um peditório para comprar um extractor de fumos, e…apagar a luz!
FORÇA SABI AMIGO, A TASCA É CONTIGO…
J. buga.
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