quarta-feira, 18 de março de 2009

Competências...

Agente Vítor Tavares

Se há uma coisa que eu adoro verdadeiramente é quando encontro um profissional fora-de-série, daqueles que não precisam que lhes digam o que fazer a seguir, daqueles que avançam todos os dias para o seu posto de trabalho pensando como podem inovar, aperfeiçoar, melhorar, render mais, ser mais eficientes, produzir melhores resultados, chegar a mais gente e fazer essa gente toda feliz.

O agente Vítor Tavares, que até muito recentemente foi o responsável pela Escola Segura no concelho de Marvão, é um desses exemplos, é um desses homens. Nunca se limitou a vigiar e a proteger a população escolar, mas sempre pugnou por ir mais longe. Inventou jogos para passar para os mais novos ideias e conceitos fundamentais de segurança, na estrada e na vida; desmultiplicou-se em acções de esclarecimento adaptadas aos diferentes ciclos para passar as mensagens correctas (recordo-me das tão importantes para o 9º ano sobre álcool / droga e uma particularmente arrepiante sobre a violência doméstica) e privilegiou sempre o contacto directo com escolas e autarquias.

A minha admiração por ele e pelo seu esforço contínuo é de tal ordem que levei uma proposta de louvor a reunião de câmara, proposta essa que foi aprovada por unanimidade e enviada aos responsáveis pelo seu comando, creio que sem resultados imediatos mas pelo menos, nós cumprimos e eu senti-me particularmente satisfeito por isso. Mas nem por essa falta de reconhecimento superior ele baixou os braços.

Uma vez a minha pequena disse-me: “sabes pai… não devemos aceitar coisas nem falar com estranhos”.

“Boa pequena! Quem te ensinou?”

“O Sr. Guarda lá da escola. O Vítor.”

Durante esta semana vai estar entre nós, na Escola de Santo António, a levar a cabo um dos seus projectos mais notáveis que está relacionado com as noções básicas de trânsito e de como nos devemos comportar na estrada. Começou a pouco e pouco e hoje, foi um prazer enorme vê-lo montar o seu circuito, meticuloso, metódico, perfeccionista ao pormenor, onde não faltam as correntes vermelhas e brancas para marcar a estrada, a rotunda, as passadeiras, as estruturas dos sinais que pediu para serem feitas nas oficinas das câmaras por ele associadas (os símbolos são os miúdos que desenham na escola sob a sua supervisão) e até uns semáforos que me mostrou com indisfarçável orgulho, desenhados e projectados por ele e que custaram quase que uma fortuna para o seu parco orçamento.
Os carrinhos são Go-Karts a pedais, como os que há na Expo e que são uma delícia de conduzir. Escusado será dizer que os mais pequenos ficam loucos. Perante a falta de dinheiro, o Vítor não cruzou os braços e solicitou um ao Governo Civil, outro a cada câmara, outro a uma óptica da cidade, outro aqui e acolá e tem hoje uma frota enorme que faz as delícias da pequenada.

Depois da teoria de ontem, hoje foi uma manhã em cheio.

“Então vereador, o que é que me diz?”

“O que é que lhe digo Vítor? Que está perfeito, como sempre. E que tenho tanta pena que se vá embora…”

Pois, o nosso país é assim. Até com o que funciona bem eles acabam… Recentemente, recebi com enorme tristeza a notícia que devido a reformulações internas na GNR, o Vítor vai ser transferido para outros municípios. Sorte a deles. Azar o meu, o nosso e creio que falo por toda a família escolar que tem por ele enorme estima.

Os outros colegas que colaboraram (da GNR local e da Câmara), que foram tão simpáticos e eficientes que me perdoem mas o Vítor… é mesmo muito fora do normal. Um exemplo para todos nós.

Se o país, nos mais diversos quadrantes, tivesse mais destes…

Boa sorte para onde for, amigo. Sei que se vai dar bem. Sucesso! Sucesso como sempre!

Nota: O Vítor que é hoje um agente notável, foi meu aluno quando dei aulas de Inglês no CIP em Portalegre, há 14 anos atrás, quando acabadinho de sair da faculdade. O tempo…




Não faltou o chapéuzinho amarelo de oferta...





Desculpem lá mas o de Marvão é o mais lindo. É o único que não é um carro... é um motociclo! Na verdade é uma Chopper com sidecar. E nem é preciso dizer que obviamente foi escolhida por mim. Uma classe! Quem me dera poder ir para o traalho todos os dias num destes...

Não faltaram os semáforos e as passadeiras...



Claro! Até os grandinhos fizeram o gosto ao pé! Nesta imagem, o nosso Professor Zé Maria e a Carlinha da Secretaria contornam com esmero a rotunda, sob o olhar atento do nosso comandante Zé Vaz.

Easy rider...

E quem é que apareceu? Claro! O meu filho Gira! Adorou e até conduziu! Derrubou logo meia dúzia de pinos e ia atropelando 3 catraios. Mas sempre deu para fazer o gosto ao dedo...

O agente Mário Barradas apanhou-nos em pleno operação stop. Como a Pastelaria do Choca tem estado fechada para lua-de-mel, safei-me e acusei 0,0. Vá lá, vá lá... Já o meu filho teve problemas com a documentação. Tinha a revisão em atraso... Ei-lo a mostrar o carteirão! Vais dentro!

São os pequenos detalhes...

que fazem as grandes diferenças. Eu sempre disse isso!
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1 comentário:

Pedro disse...

Excelente trabalho deste colega, Abraços