Directamente de Kuusamo, para todos vocês, o repórter que a meteorologia consagrou: Pekka Ivgany Sabiix!
Como vos tinha adiantado ontem, o programa incluía um passeio na neve pela floresta que tinha um carácter opcional. O grupo mostrou a sua garra e aderiu em pleno a uma experiência verdadeiramente inesquecível e mais do que certamente irrepetível.
Às 18.30h, o nosso simpático motorista de bigode amarelo que apenas sorri e diz que sim com a cabeça, aguardava-nos pacientemente à porta do hotel, com uma pontualidade intocável, prestes a partir para o destino que se situava a cerca de 15 minutos rolando lentamente sobre o gelo acumulado na estrada.
No caminho, conhecemos o atlético e intrépido professor de alemão, que nessa manhã tinha ido à pesca no gelo e “safado a gaita” com 30 e tal exemplares agarradinhos ao anzol, e conhecemos também uma estudante grega que se encontra aqui através de um programa de intercâmbio designado “Leonardo da Vinci”, a pobre, que era tão simpática mas muito envergonhadinha e com um inglês que faria orgulhar o próprio José Sócrates, embora ele seja especialista é do técnico.
Chegados a uma mini estância, artilhámos os pés com umas alpergatas muito esquisitas que eu já conhecia porque uma vez o meu pai ofereceu-me um Action Man (que eu carinhosamente chamava, no meu inglês infantil de Egxerméne, e não é que o gajo acudia?) das neves e tinha umas cenas similares nas palmilhas. Eu escolhi umas do Benfica, obviamente, e que bem que qualquer um fica com aquilo nos pés. Não sei… acho que dá um ar assim profissional. Muniram-nos também de dois cajados só que mais sofisticados e mandaram-nos dar ao pé.
Como vos tinha adiantado ontem, o programa incluía um passeio na neve pela floresta que tinha um carácter opcional. O grupo mostrou a sua garra e aderiu em pleno a uma experiência verdadeiramente inesquecível e mais do que certamente irrepetível.
Às 18.30h, o nosso simpático motorista de bigode amarelo que apenas sorri e diz que sim com a cabeça, aguardava-nos pacientemente à porta do hotel, com uma pontualidade intocável, prestes a partir para o destino que se situava a cerca de 15 minutos rolando lentamente sobre o gelo acumulado na estrada.
No caminho, conhecemos o atlético e intrépido professor de alemão, que nessa manhã tinha ido à pesca no gelo e “safado a gaita” com 30 e tal exemplares agarradinhos ao anzol, e conhecemos também uma estudante grega que se encontra aqui através de um programa de intercâmbio designado “Leonardo da Vinci”, a pobre, que era tão simpática mas muito envergonhadinha e com um inglês que faria orgulhar o próprio José Sócrates, embora ele seja especialista é do técnico.
Chegados a uma mini estância, artilhámos os pés com umas alpergatas muito esquisitas que eu já conhecia porque uma vez o meu pai ofereceu-me um Action Man (que eu carinhosamente chamava, no meu inglês infantil de Egxerméne, e não é que o gajo acudia?) das neves e tinha umas cenas similares nas palmilhas. Eu escolhi umas do Benfica, obviamente, e que bem que qualquer um fica com aquilo nos pés. Não sei… acho que dá um ar assim profissional. Muniram-nos também de dois cajados só que mais sofisticados e mandaram-nos dar ao pé.
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Esta é para meter por cima da lareira, em casa, para impressionar as visitas. Perguntam depois: "na neve, hum?". E eu... "sim, desde os 3 anos de idade que passo todos os Natais em Aspen, esquiando até ficar fartinho... É uma seca, mas que fazer? Estou tão habituado..."
Por momentos fiquei ali, sozinho, no meio da neve, a admirar os flocos que caíam suave e poeticamente à minha volta, admirando a quietude que me rodeava, apenas ouvindo a passagem do vento pelos pinheiros. Pensei… como é bonito o mundo… como é preciosa a nossa vida… como temos de fazer um esforço quase diário para nos focarmos e a sabermos apreciar da melhor maneira possível. Ali, no meio do nada, senti tanto que há mais qualquer coisa para além disto tudo…
A meio do percurso perdemo-nos e por segundos imaginei que íamos ficar ali na neve, congelados, talvez atacados por algum urso faminto mas depois deram com o trilho e estragaram o meu divertimento. Mais à frente havia uma pequena ponte e comecei a imaginar quem é que seria o artista a experimentar a queda. Depois de passar a senhora austríaca de mais idade, pensei que íamos todos superar a prova, como nos jogos sem fronteiras e já ia metido noutros pensamentos quando ouvi o barulho de um trambolhão… tinha sido o grego, professor de matemática e uma das figuras mais engraçadas que por aqui andam. É muito discreto, muito silencioso, tem um inglês de pronúncia muito arrastada e dá-me muita graça de verdade. Parece um inspector da polícia disfarçado. Será? No final ainda tivemos oportunidade de sacar umas fotos num igloo e brincar numas casinhas de gelo que por ali estavam. Se a minha Leonor as visse…
Regressados ao hotel, o grupo dividiu-se… Após dois dias de convivência, já se notam as diferenças… há a facção do turco, do checo, da romena, dos franceses, dos espanhóis e um grupo mais restrito com as alemãs, o polaco, a holandesa e… eu… que quero moer os dois carrinhos porque gosto de todos e sinceramente sinto que todos eles apreciam a minha presença pelo que… optei por jantar com uns e tomar uma cerveja após com os outros.
Saí com a rapaziada dos Balcãs para uma comida mais económica e rápida que a do hotel. Acabámos numa casa de pizzas no centro da cidade, com um empregado terrivelmente mal-encarado, mas que servia maravilhosamente bem. O contra? Não vendia álcool pelo que tivemos todos de as emborcar com água para tristeza do espanholito que estava deserto de uma canha e do checo que adorava um tinto, nem que fosse de vinho do Porto. Paguei 4 euros e 90 por uma Tropicalia muito bem esgalhada. Sim, senhor!
O grego queria night club mas eu disse-lhe que antes preferia ir para o bar do hotel onde tomei a tal imperial que só há de meio litro, muito choca (que saudades!), mas que deu para matar o bicho. Obviamente que ao falarmos de cerveja, tive de recordar as maravilhosas da minha terra…
Acabei por subir para o quarto pouco depois e só no dia seguinte vim a saber que a noite foi de arromba no quarto da romena. Acho que se meteram lá quase 10, lhe beberam as duas garrafinhas de vinho local, uma de mirto italiano e houve baile e tudo até à 1h.
A minha foi mais tranquila, assistindo ao show do Jimmy Fallon na ABC dobrado em finlandês e acabando de preparar o post que antecede.
Combinações são combinações e às 7 da matina já ia corredor fora a caminho da sauna, para a minha estreia na modalidade. O checo já por lá andava e o turco apareceu pouco depois, à rasca da cabeça… Para quem não pode beber por causa de uma úlcera, não está mal…
Para os mais distraídos, a sauna consiste numa sala de 4x3, toda decorada em madeira, onde estão umas pedras que deitam calor como a puta que as pariu. Demais, mesmo. Qual é a estratégia? Duche fresco, 10 minutos de sauna; duche fresco, 10 minutos de sauna; duche fresco, 10 minutos de sauna e por aí fora, podendo ser repetido as vezes que cada um quiser até ficar bem assado, ou ser feito em períodos mais curtos (para os mais fraquinhos), ou maiores (para os mais zangalhões). Qual é o objectivo? Passar calor, emagrecer, relaxar os músculos, ficar bonito.
Esta é uma daquelas actividades em que eu acho horrível haver separação, uma para as mulheres e uma para os homens. Acho que era mais lógico e mais entusiasmante haver apenas uma, para além de ser mais económico e depois, acho muitíssimo abichanado estarem ali assim os homens, quase despidos, no escuro, a suarem que nem cavalos fechados numa gaiola, mas bem…
Como digo, lá entrei meio a medo e a coisa até se levava mais ou menos, até que o maluco do turco começou a dar de beber às pedras, tirando com um caço água que lhes borrifava por cima e aí a coisa esquentou demais. E eu que pensava que aquilo era mesmo para matar a sede à gente… Ainda bem que não me adiantei. Nestas coisas novas… saber esperar é mais virtude do que nunca!
E que bom que aquilo é, opá! Muita bom, mesmo. Primeiro caliente, caliente, caliente… e depois… fresquinho. Aaaaahhhhh. Tão booooom. Se um gajo fosse de vidro estalava todo. Sente-se mesmo assim a carninha a ceder. Muito bom! O Jyrki, vice-director da escola, que me aconselhou a fazê-lo, disse-me que quase todos os lares na Finlândia têm uma sauna em casa e que as famílias a utilizam muito. E eu pensei, quando chegar a Portugal vou dizer à minha Maria que vou fazer uma na garagem. Eu até acho que o Chaparro é gajo para fazer uma igualzinha se eu lhe explicar. Tem de ser é fora do horário de serviço, pagando eu as despesas à parte que isto aqui não é Felgueiras, nem Gondomar, nem Paços de Ferreira, nem Oeiras, nem a residência do 1º Ministro.
O tempo passou um pouco e o resto já foi tudo a correr para chegar “on schedule” à horinha marcada. Às 9 horas em ponto, lá estávamos nós a entrar na Câmara para sermos oficialmente recebidos pelo Mayor, que recordo é um homem nomeado e não político. Em primeiro lugar deu-nos as boas vindas, depois mostrou-nos um vídeo muito curioso e muito bem feito com a promoção turística de Kuusamo que nos ensinou que “se um não se consegue encontrar aqui em Kuusamo, não se consegue encontrar em mais parte nenhuma do mundo” e que “o silêncio é a música da tua própria alma” e só por isso já valeu a pena estarmos 20 minutos a olhar para o ecrã.
A neve era altíssima, o que dificultava bastante a progressão, o percurso não era mole e a distância deveria de rondar os 3 quilómetros pelo que… não estava mal de todo. O nosso professor de alemão fez inclusivamente o favor de chamar a atenção para uma vegetação específica que apenas nasce nas árvores quando o ar é verdadeiramente puro. Na verdade, é tão genuíno e tão frio que quase corta os pulmões. Limpa, mesmo! Actua como aquele detergente que havia aqui há uns anos para os fogões lá de casa, o Forza. Umas respiradelas deste arzinho e até os pulmões de um fumador com 30 anos de carreira ficam limpinhos. Isto digo eu, claro está.
Fiz um esforço enorme para ver e não para apenas olhar e o que vi e senti durante esta caminhada foi uma experiência quase religiosa, não no sentido da santidade, dos padres, das batas, dos baptismos e dos catecismos, mas no sentido de me sentir ali, numa comunhão perfeita entre o homem e a natureza num estado tão puro, bruto e selvagem como nunca a tinha antes admirado. Aproveitei para fazer um vídeo para que pudesse mais tarde recordar este momento tão precioso se alguma vez os sentidos me traíssem.
Fiz um esforço enorme para ver e não para apenas olhar e o que vi e senti durante esta caminhada foi uma experiência quase religiosa, não no sentido da santidade, dos padres, das batas, dos baptismos e dos catecismos, mas no sentido de me sentir ali, numa comunhão perfeita entre o homem e a natureza num estado tão puro, bruto e selvagem como nunca a tinha antes admirado. Aproveitei para fazer um vídeo para que pudesse mais tarde recordar este momento tão precioso se alguma vez os sentidos me traíssem.
Por momentos fiquei ali, sozinho, no meio da neve, a admirar os flocos que caíam suave e poeticamente à minha volta, admirando a quietude que me rodeava, apenas ouvindo a passagem do vento pelos pinheiros. Pensei… como é bonito o mundo… como é preciosa a nossa vida… como temos de fazer um esforço quase diário para nos focarmos e a sabermos apreciar da melhor maneira possível. Ali, no meio do nada, senti tanto que há mais qualquer coisa para além disto tudo…
A meio do percurso perdemo-nos e por segundos imaginei que íamos ficar ali na neve, congelados, talvez atacados por algum urso faminto mas depois deram com o trilho e estragaram o meu divertimento. Mais à frente havia uma pequena ponte e comecei a imaginar quem é que seria o artista a experimentar a queda. Depois de passar a senhora austríaca de mais idade, pensei que íamos todos superar a prova, como nos jogos sem fronteiras e já ia metido noutros pensamentos quando ouvi o barulho de um trambolhão… tinha sido o grego, professor de matemática e uma das figuras mais engraçadas que por aqui andam. É muito discreto, muito silencioso, tem um inglês de pronúncia muito arrastada e dá-me muita graça de verdade. Parece um inspector da polícia disfarçado. Será? No final ainda tivemos oportunidade de sacar umas fotos num igloo e brincar numas casinhas de gelo que por ali estavam. Se a minha Leonor as visse…
Regressados ao hotel, o grupo dividiu-se… Após dois dias de convivência, já se notam as diferenças… há a facção do turco, do checo, da romena, dos franceses, dos espanhóis e um grupo mais restrito com as alemãs, o polaco, a holandesa e… eu… que quero moer os dois carrinhos porque gosto de todos e sinceramente sinto que todos eles apreciam a minha presença pelo que… optei por jantar com uns e tomar uma cerveja após com os outros.
Saí com a rapaziada dos Balcãs para uma comida mais económica e rápida que a do hotel. Acabámos numa casa de pizzas no centro da cidade, com um empregado terrivelmente mal-encarado, mas que servia maravilhosamente bem. O contra? Não vendia álcool pelo que tivemos todos de as emborcar com água para tristeza do espanholito que estava deserto de uma canha e do checo que adorava um tinto, nem que fosse de vinho do Porto. Paguei 4 euros e 90 por uma Tropicalia muito bem esgalhada. Sim, senhor!
O grego queria night club mas eu disse-lhe que antes preferia ir para o bar do hotel onde tomei a tal imperial que só há de meio litro, muito choca (que saudades!), mas que deu para matar o bicho. Obviamente que ao falarmos de cerveja, tive de recordar as maravilhosas da minha terra…
Acabei por subir para o quarto pouco depois e só no dia seguinte vim a saber que a noite foi de arromba no quarto da romena. Acho que se meteram lá quase 10, lhe beberam as duas garrafinhas de vinho local, uma de mirto italiano e houve baile e tudo até à 1h.
A minha foi mais tranquila, assistindo ao show do Jimmy Fallon na ABC dobrado em finlandês e acabando de preparar o post que antecede.
Combinações são combinações e às 7 da matina já ia corredor fora a caminho da sauna, para a minha estreia na modalidade. O checo já por lá andava e o turco apareceu pouco depois, à rasca da cabeça… Para quem não pode beber por causa de uma úlcera, não está mal…
Para os mais distraídos, a sauna consiste numa sala de 4x3, toda decorada em madeira, onde estão umas pedras que deitam calor como a puta que as pariu. Demais, mesmo. Qual é a estratégia? Duche fresco, 10 minutos de sauna; duche fresco, 10 minutos de sauna; duche fresco, 10 minutos de sauna e por aí fora, podendo ser repetido as vezes que cada um quiser até ficar bem assado, ou ser feito em períodos mais curtos (para os mais fraquinhos), ou maiores (para os mais zangalhões). Qual é o objectivo? Passar calor, emagrecer, relaxar os músculos, ficar bonito.
Esta é uma daquelas actividades em que eu acho horrível haver separação, uma para as mulheres e uma para os homens. Acho que era mais lógico e mais entusiasmante haver apenas uma, para além de ser mais económico e depois, acho muitíssimo abichanado estarem ali assim os homens, quase despidos, no escuro, a suarem que nem cavalos fechados numa gaiola, mas bem…
Como digo, lá entrei meio a medo e a coisa até se levava mais ou menos, até que o maluco do turco começou a dar de beber às pedras, tirando com um caço água que lhes borrifava por cima e aí a coisa esquentou demais. E eu que pensava que aquilo era mesmo para matar a sede à gente… Ainda bem que não me adiantei. Nestas coisas novas… saber esperar é mais virtude do que nunca!
E que bom que aquilo é, opá! Muita bom, mesmo. Primeiro caliente, caliente, caliente… e depois… fresquinho. Aaaaahhhhh. Tão booooom. Se um gajo fosse de vidro estalava todo. Sente-se mesmo assim a carninha a ceder. Muito bom! O Jyrki, vice-director da escola, que me aconselhou a fazê-lo, disse-me que quase todos os lares na Finlândia têm uma sauna em casa e que as famílias a utilizam muito. E eu pensei, quando chegar a Portugal vou dizer à minha Maria que vou fazer uma na garagem. Eu até acho que o Chaparro é gajo para fazer uma igualzinha se eu lhe explicar. Tem de ser é fora do horário de serviço, pagando eu as despesas à parte que isto aqui não é Felgueiras, nem Gondomar, nem Paços de Ferreira, nem Oeiras, nem a residência do 1º Ministro.
O tempo passou um pouco e o resto já foi tudo a correr para chegar “on schedule” à horinha marcada. Às 9 horas em ponto, lá estávamos nós a entrar na Câmara para sermos oficialmente recebidos pelo Mayor, que recordo é um homem nomeado e não político. Em primeiro lugar deu-nos as boas vindas, depois mostrou-nos um vídeo muito curioso e muito bem feito com a promoção turística de Kuusamo que nos ensinou que “se um não se consegue encontrar aqui em Kuusamo, não se consegue encontrar em mais parte nenhuma do mundo” e que “o silêncio é a música da tua própria alma” e só por isso já valeu a pena estarmos 20 minutos a olhar para o ecrã.
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O mayor Timo Halonen é um homem simpático, de 45 / 50 anos, meio careca, que nos recebeu muito bem e nos leu um discurso que alguém lhe escreveu num inglês também deficitário. Tenho reparado imenso nisso, que tem sido uma das grandes surpresas desta viagem, o facto de serem muito poucos os finlandeses que entendem e falam bem inglês. Tinha um bocado a ideia que estes gajos eram todos poliglotas mais isto é defeito meu que às vezes sou assim meio saloio.
Confirmou-nos o milhão de turistas por ano, que querem muito mais que 20% do estrangeiro e estão a investir imenso na promoção externa, que Kuusamo já recebeu o prémio de “Cidade do ano” na Finlândia e que chegam a ter 220 dias de neve durante o ano pelo que reclamam para si também o estatuto de estância de ski de excelência, como a cidade de Ruka, situada uns 100 km acima.
Deu-nos um copinho de água ou um de sumo de laranja e estás daqui aviado. Eu, como sou um mãos largas, entreguei a cada colega um flyer em inglês e uma colecção de postais de Marvão e aproveitei a ocasião solene para ofertar dois livros da candidatura a património mundial, um para o município e outro para o departamento de educação, e um “Palavras e Olhares” para a biblioteca escolar dos nossos anfitriões, Pekka e Jyrki, que penso que ficaram felizes. Mais ninguém da comitiva se chegou à frente.
Confirmou-nos o milhão de turistas por ano, que querem muito mais que 20% do estrangeiro e estão a investir imenso na promoção externa, que Kuusamo já recebeu o prémio de “Cidade do ano” na Finlândia e que chegam a ter 220 dias de neve durante o ano pelo que reclamam para si também o estatuto de estância de ski de excelência, como a cidade de Ruka, situada uns 100 km acima.
Deu-nos um copinho de água ou um de sumo de laranja e estás daqui aviado. Eu, como sou um mãos largas, entreguei a cada colega um flyer em inglês e uma colecção de postais de Marvão e aproveitei a ocasião solene para ofertar dois livros da candidatura a património mundial, um para o município e outro para o departamento de educação, e um “Palavras e Olhares” para a biblioteca escolar dos nossos anfitriões, Pekka e Jyrki, que penso que ficaram felizes. Mais ninguém da comitiva se chegou à frente.
Ouvindo a palestra do Mayor
A foto oficial do grupo
Levando Marvão mais longe
"Palavras e Olhares"
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A foto oficial do grupo
Levando Marvão mais longe
"Palavras e Olhares"
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Dali saímos para a escola primária Kirkkokedon Koulu, onde fomos recebidos pelo director Mr. Marko Kokkila e foi uma emoção enorme ao ver a pequenada a brincar na neve, pelas saudades que já tenho da minha filha e pela emoção de vê-los a saltar por ali no meio de tanto branco. Tão feliz que deveria de ser e o que eu dava para a ver por ali… Can’t have it all!
A escola foi construída durante os anos 60 e tem actualmente 217 alunos e 20 professores. Visitámos algumas salas de aulas, fizemos e respondemos a algumas perguntas mas pareceu-me que a maior parte das salas são muito similares às nossas em Portugal, com muitos desenhos coloridos e trabalhos expostos nas paredes. Os miúdos são adoráveis, todos tão branquinhos, de cabelos claros e olhitos azuis, ar envergonhado… Uma graça. Haviam de ter visto a cara deles quando lhes disse que era de Portugal, a terra do Cristiano Ronaldo. Quem é que o conhece? Todos levantaram o braço menos uma cachopinha que não deve de ver televisão, seguramente...
A escola foi construída durante os anos 60 e tem actualmente 217 alunos e 20 professores. Visitámos algumas salas de aulas, fizemos e respondemos a algumas perguntas mas pareceu-me que a maior parte das salas são muito similares às nossas em Portugal, com muitos desenhos coloridos e trabalhos expostos nas paredes. Os miúdos são adoráveis, todos tão branquinhos, de cabelos claros e olhitos azuis, ar envergonhado… Uma graça. Haviam de ter visto a cara deles quando lhes disse que era de Portugal, a terra do Cristiano Ronaldo. Quem é que o conhece? Todos levantaram o braço menos uma cachopinha que não deve de ver televisão, seguramente...
Em Portugal bebe-se tal e qual
Na sala de Inglês tivemos oportunidade de ver como se combate a distância através das novas tecnologias. A sala onde a professora se encontra tem uma câmara que é orientada através de controlo remoto e através dela consegue leccionar em tempo real em duas outras escolas, uma a 3 km e outra a 20 km, onde os alunos se encontram acompanhados pela professora titular, isto porque estamos a falar de uma disciplina de língua estrangeira. Num ecrã consegue monitorizar as outras salas com um grau de precisão impressionante e o que mais me chamou a atenção é que a tecnologia em causa não me pareceu muito high-tech ou dispendiosa: apenas uma câmara, um computador, uma televisão, um retroprojector e um ecrã com um quadro interactivo onde uma professora escreve do lado de lá e aparece do lado de cá. That’s it! Vê-se bem, ouve-se ainda melhor e não resisti a perguntar se o sistema funciona sempre. Disse-me que sim, que ao início houve alguns ajustes a fazer mas depois a coisa foi ao lugar e agora está… 5 estrelas! Afinadinho! Good!
Na sala de Inglês tivemos oportunidade de ver como se combate a distância através das novas tecnologias. A sala onde a professora se encontra tem uma câmara que é orientada através de controlo remoto e através dela consegue leccionar em tempo real em duas outras escolas, uma a 3 km e outra a 20 km, onde os alunos se encontram acompanhados pela professora titular, isto porque estamos a falar de uma disciplina de língua estrangeira. Num ecrã consegue monitorizar as outras salas com um grau de precisão impressionante e o que mais me chamou a atenção é que a tecnologia em causa não me pareceu muito high-tech ou dispendiosa: apenas uma câmara, um computador, uma televisão, um retroprojector e um ecrã com um quadro interactivo onde uma professora escreve do lado de lá e aparece do lado de cá. That’s it! Vê-se bem, ouve-se ainda melhor e não resisti a perguntar se o sistema funciona sempre. Disse-me que sim, que ao início houve alguns ajustes a fazer mas depois a coisa foi ao lugar e agora está… 5 estrelas! Afinadinho! Good!
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Dali saímos para a Nilon Koulu, onde estuda a rapaziada entre os 13 e os 15 e é o 2º ciclo cá do sítio. Seguem depois para a escola do Pekka ou para a parte vocacional. Geralmente levantam-se às 7h, as aulas começam por volta das 8h e terminam às 15h, mas às 11h da manhã já está o refeitório cheio e a chavalada toda a bater com as orelhas na gamela. Ali assistimos a uma explicação dada pela directora, Ms Salma Hamunen, que nos falou de diversos detalhes do funcionamento desta instituição. Ali estão 34 professores, 4 assistentes, 1 assistente social, 1 enfermeira permanente (importante!), 10 pessoas do staff para cozinhas e afins, 2 para limpeza e um segurança.
Os alunos, aqui em número de 365, um para cada dia do ano, são todos de aspecto físico muito nórdico mas nada diferentes dos portugueses na forma de vestir. Muitas longsleeves, muitos casacos com capucho estampados, muitas t-shirts de grupos de rock, muitos lenços palestinianos no pescoço, muito preto, muita pulseira de cabedal, muita sapatilha ténis de cor garrida, muito brinco, muito cabelo comprido… enfim… normal. É a geração MTV, é a globalização.
Os alunos, aqui em número de 365, um para cada dia do ano, são todos de aspecto físico muito nórdico mas nada diferentes dos portugueses na forma de vestir. Muitas longsleeves, muitos casacos com capucho estampados, muitas t-shirts de grupos de rock, muitos lenços palestinianos no pescoço, muito preto, muita pulseira de cabedal, muita sapatilha ténis de cor garrida, muito brinco, muito cabelo comprido… enfim… normal. É a geração MTV, é a globalização.
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Aqui têm aulas do 7º ao 9º e a carga horária compreende as disciplinas de: Finlandês (3 tempos de 45 minutos), Inglês (2T), Sueco (2T), Matemática (3T), Física e Química (2T), Ciências (2T), Saúde (1T), Religião (1T e chega!), História e estudos sociais (2T), Aconselhamento dos alunos (1T), Música (1T), Artes Visuais (1T), Trabalhos Manuais (1T), Educação Física (2T) e a grande novidade de Ciência Doméstica (3T).
E perguntam vocês em coro: “Tio Sabi, mas que raio é essa história da Ciência Doméstica?”.
E eu sento-me na cadeira, sento-vos no meu colinho, sorrio, afago-vos o cabelinho que meto atrás da orelhita e respondo: “pequenada… é simples… A ciência doméstica é… cozinhar! Claro está! Uma sala, um frigorífico cheio de matérias-primas, todos os apetrechos e mais algum e vai de aprender a fazer comer e deixar de ser estroinas. Nada mais correcto, pá, porra que isto é óbvio. Se a alimentação é algo indispensável para a nossa sobrevivência, se já deixámos de comer as coisas cruas desde a Idade do Gelo, se todos gostamos de meter na boca coisinhas boas, mais vale deixarem de ser “colas” e estarem à espera do comerzinho da mamã, vamos mas é aprender onde isso se deve de fazer… na escola! Muito bem! Se fosse assim em Portugal, eu já sabia fazer sopa de olhos e fechados e…
E perguntam vocês em coro: “Tio Sabi, mas que raio é essa história da Ciência Doméstica?”.
E eu sento-me na cadeira, sento-vos no meu colinho, sorrio, afago-vos o cabelinho que meto atrás da orelhita e respondo: “pequenada… é simples… A ciência doméstica é… cozinhar! Claro está! Uma sala, um frigorífico cheio de matérias-primas, todos os apetrechos e mais algum e vai de aprender a fazer comer e deixar de ser estroinas. Nada mais correcto, pá, porra que isto é óbvio. Se a alimentação é algo indispensável para a nossa sobrevivência, se já deixámos de comer as coisas cruas desde a Idade do Gelo, se todos gostamos de meter na boca coisinhas boas, mais vale deixarem de ser “colas” e estarem à espera do comerzinho da mamã, vamos mas é aprender onde isso se deve de fazer… na escola! Muito bem! Se fosse assim em Portugal, eu já sabia fazer sopa de olhos e fechados e…
Estes nem um cachorro, quanto mais... Mas bem...
O almoço foi na cantina da escola. Purézinho de batata, salada de alface, outra salada gostosa diferente e almôndegas de porco e já arranjaram maneira de o turco ficar de fora outra vez. Estava bom. Gostei e o meu vizinho espanhol também porque repetiu “que te aproveche!”.
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Passámos por mais algumas salas, tentei interagir com os miúdos mas… nada. Não percebem o Inglês e os professores dizem logo que dessa língua não sabem nada… estranho.
O turco dirigiu-se a mim com ar espantado e veio-me perguntar se eu tenho um olho de cada cor: um azul e um verde… e eu respondi: “parece que sim…”e disse a tirada clássica: “já houve períodos da minha vida em que me fiz valer muito dessa contingência. Hoje… nem por isso”. Resposta do gajo: “demais! Pareces um gato persa!”. Pensei: “Já me chamaram muita coisa mas isso…”. Perspicaz…
Reparei numa conversa informal que o Jyrki, o Vice-Director da escola secundária e a directora desta escola de 2º ciclo não se conheciam. Depois de assistir à sua explicação ele disse-lhe “é uma pena que não falemos mais, eu nem sequer a conhecia…”. E ela: “eu gostava tanto de saber o vosso feedback… o que é que vocês acham das nossas crianças quando vão daqui”. E eu estive para me meter e dizer que nós temos o Conselho Municipal de Educação onde todos reunimos mas depois achei que… naaa. Mas ainda assim: Portugal - 1 x Finlândia – 0. Neste aspecto, claro. De resto… é cabazada!
O Jirki é um homem curioso. É daqui, vive cá, é casado, tem dois miúdos. Viveu durante muitos anos em Inglaterra e depois voltou. Das terras britânicas ficou-lhe a paixão pelo futebol e pelo Liverpool em particular, onde residiu. Tem o apartamento dele de Kuusamo à venda com 3 quartos e claro! sauna, a apenas 5 minutos a pé do centro da cidade por 140 mil euros. Uma pechincha, digo eu. Se alguém estiver interessado, diga qualquer coisa. Dão-se alvíssaras.
O turco dirigiu-se a mim com ar espantado e veio-me perguntar se eu tenho um olho de cada cor: um azul e um verde… e eu respondi: “parece que sim…”e disse a tirada clássica: “já houve períodos da minha vida em que me fiz valer muito dessa contingência. Hoje… nem por isso”. Resposta do gajo: “demais! Pareces um gato persa!”. Pensei: “Já me chamaram muita coisa mas isso…”. Perspicaz…
Reparei numa conversa informal que o Jyrki, o Vice-Director da escola secundária e a directora desta escola de 2º ciclo não se conheciam. Depois de assistir à sua explicação ele disse-lhe “é uma pena que não falemos mais, eu nem sequer a conhecia…”. E ela: “eu gostava tanto de saber o vosso feedback… o que é que vocês acham das nossas crianças quando vão daqui”. E eu estive para me meter e dizer que nós temos o Conselho Municipal de Educação onde todos reunimos mas depois achei que… naaa. Mas ainda assim: Portugal - 1 x Finlândia – 0. Neste aspecto, claro. De resto… é cabazada!
O Jirki é um homem curioso. É daqui, vive cá, é casado, tem dois miúdos. Viveu durante muitos anos em Inglaterra e depois voltou. Das terras britânicas ficou-lhe a paixão pelo futebol e pelo Liverpool em particular, onde residiu. Tem o apartamento dele de Kuusamo à venda com 3 quartos e claro! sauna, a apenas 5 minutos a pé do centro da cidade por 140 mil euros. Uma pechincha, digo eu. Se alguém estiver interessado, diga qualquer coisa. Dão-se alvíssaras.
O almoço foi na cantina da escola. Purézinho de batata, salada de alface, outra salada gostosa diferente e almôndegas de porco e já arranjaram maneira de o turco ficar de fora outra vez. Estava bom. Gostei e o meu vizinho espanhol também porque repetiu “que te aproveche!”.
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Tivemos uma conversa muito agradável com Mr. Pekka, que parecia o director implacável e se tem revelado um homem com uma inteligência e sensibilidade extremas, embora continue muito circunspecto e sempre, sem perder a compostura. Comentávamos todos que estamos a gostar tanto de tudo ao ponto de pensarmos organizar uma visita ao nosso próprio país, quando nos revelou que teve a ideia da visita quando esteve em Itália, na Sicília, também integrado numa. Nisto disse uma coisa curiosíssima, que foi lá que aprendeu que “o sol é muito importante… é a alegria da própria vida”. Curioso, isto vindo de um homem daqui e ainda por cima como ele.
Nisto falámos nas pontualidades e na forma perfeccionista como têm conseguido gerir o horário ao segundo. Explicou que por aqui é assim mesmo e que quando se está 5 minutos atrasado se tem obrigatoriamente que ligar a pedir desculpa. E disse mais, disse que achava que isso se devia, mais uma vez às condições climatéricas e à forma como influenciam a cultura. “Imaginem antigamente, se dois homens combinavam encontrar-se por aqui. Como está tanto frio, se um demorasse mais de 5 minutos, o outro gelava e ia-se embora. Deve de ser por isso que nos parece uma falta de respeito tão grande chegar atrasado”. Eu concordei e expliquei que em Portugal se dá precisamente o fenómeno contrário: quase ninguém chega a horas e pior que isso, quando uma pessoa chega a tempo, os outros começam logo a pensar que não tem nada para fazer. Nisto o turco decidiu dar a machadada final dizendo que no Egipto há um ditado que diz “se chegares no próprio dia… estás a tempo”. O mundo…
Nisto falámos nas pontualidades e na forma perfeccionista como têm conseguido gerir o horário ao segundo. Explicou que por aqui é assim mesmo e que quando se está 5 minutos atrasado se tem obrigatoriamente que ligar a pedir desculpa. E disse mais, disse que achava que isso se devia, mais uma vez às condições climatéricas e à forma como influenciam a cultura. “Imaginem antigamente, se dois homens combinavam encontrar-se por aqui. Como está tanto frio, se um demorasse mais de 5 minutos, o outro gelava e ia-se embora. Deve de ser por isso que nos parece uma falta de respeito tão grande chegar atrasado”. Eu concordei e expliquei que em Portugal se dá precisamente o fenómeno contrário: quase ninguém chega a horas e pior que isso, quando uma pessoa chega a tempo, os outros começam logo a pensar que não tem nada para fazer. Nisto o turco decidiu dar a machadada final dizendo que no Egipto há um ditado que diz “se chegares no próprio dia… estás a tempo”. O mundo…
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No corredor passámos pelo ensaio de uma banda de rock escolar. Apresentei-me, disse-lhes que vinha de Portugal, que os tinha visto no You Tube na Internet e que os queria contratar para fazerem a primeira parte dos Metallica em Helsínquia. Deviam de ter visto a cara dos miúdos… estes sim que perceberam, não porque cantassem em inglês mas porque acho que acreditaram nem que fosse por uma milésima de segundo. Eram muito maus. Desafinavam horrores e o professor não conseguia para de rir depois da cena. Disse-lhes “keep on rockin’ boys. You’re gonna be huge!”.
O episódio da renas também foi peculiar. A rapariguinha perguntou-nos: “já viram renas?”. E o turco respondeu: “Dizem que há por aí 12.000 mas nós… nem a primeira”. E ela disse: “Passem pela minha quinta. Lá podem apreciá-las”. O Jirki disse-me ao ouvido: “pergunta-lhe quantas tem”. E ela disse: “ah… não sei bem… nunca conseguimos contá-las… elas fogem durante a contagem…”. E ele sorrindo explicou-me no caminho para o autocarro: “nunca te diria. Se te dissesse quantas eram toda a gente ficaria mal impressionada. Isso é da esfera pessoal de cada um. Nunca se revela quanto dinheiro nós temos”. E eu disse: “epá, isto parece de propósito… no meu país é tal e qual… a maior parte do pessoal adora andar a gabar-se, sobretudo daquilo que não tem, só para parecer maior”. Eu hein…
O episódio da renas também foi peculiar. A rapariguinha perguntou-nos: “já viram renas?”. E o turco respondeu: “Dizem que há por aí 12.000 mas nós… nem a primeira”. E ela disse: “Passem pela minha quinta. Lá podem apreciá-las”. O Jirki disse-me ao ouvido: “pergunta-lhe quantas tem”. E ela disse: “ah… não sei bem… nunca conseguimos contá-las… elas fogem durante a contagem…”. E ele sorrindo explicou-me no caminho para o autocarro: “nunca te diria. Se te dissesse quantas eram toda a gente ficaria mal impressionada. Isso é da esfera pessoal de cada um. Nunca se revela quanto dinheiro nós temos”. E eu disse: “epá, isto parece de propósito… no meu país é tal e qual… a maior parte do pessoal adora andar a gabar-se, sobretudo daquilo que não tem, só para parecer maior”. Eu hein…
"Queres ver as minhas renas? Quantas? São muitas! Não sei bem..."
Visitámos ainda a magnífica Casa da Cultura, construída em 1996, onde funcionam um instituto de música, o teatro, o cinema e uma galeria de arte. Ali fomos recebidos pelo Mr. Pekka Pirhonen, que nos apresentou o espaço e nos presenteou no final com um simpático café com bolinhos. Destaco aqui o magnífico auditório com capacidade para 530 lugares e a exposição de fotografia dos 25 anos do término do muro da fronteira com a Rússia. Durante o coffe break, tive oportunidade de conhecer melhor Mr. Pekka, o director da escola secundária e responsável pela visita, que apesar de ter um ar bastante duro e nórdico, me impressionou mais uma vez. Falou-me na família, nas suas duas filhas, e como é difícil ser o único homem da casa. Disse-me que estava sempre a pensar no dia de amanhã e que as preocupações são constantes. No final, tranquilizei-o. Na minha opinião, ele é um homem muito respeitado e um grande líder. Porquê? Porque se preocupa. E isso faz toda a diferença.
Na Casa da Cultura
O magnífico auditório...
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Dali partimos para o Hannu Hatala Nature Photo Center, assim denominado em homenagem ao grande fotógrafo da natureza que reside há mais de 30 anos em Kuusamo e tem mais de 40 livros publicados, com recurso a mais de 1.5 milhões de slides. Impressionante!
Ali apreciámos os seus trabalhos, ali desfrutamos dos últimos gritos da tecnologia em termos de imagem, ali assistimos a um enternecedor documentário sobre o autor e a sua visão da região, da natureza e do mundo, ali estivemos realmente bem.
Percebi claramente que para se ter um profissão deste género tem de saber mesmo muito sobre o mundo animal e vegetal das redondezas e achei realmente comovente ouvir da boca deste mito finlandês que todas as fotografias são más interpretações da realidade, que é sempre muito mais encantadora. Bonito…
Ali apreciámos os seus trabalhos, ali desfrutamos dos últimos gritos da tecnologia em termos de imagem, ali assistimos a um enternecedor documentário sobre o autor e a sua visão da região, da natureza e do mundo, ali estivemos realmente bem.
Percebi claramente que para se ter um profissão deste género tem de saber mesmo muito sobre o mundo animal e vegetal das redondezas e achei realmente comovente ouvir da boca deste mito finlandês que todas as fotografias são más interpretações da realidade, que é sempre muito mais encantadora. Bonito…
Aprendendo com o painel interactivo
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Aprendi finalmente, e com esta termino o extenso e vasto relatório para os meus amigos, esclarecendo a questão da duração dos dias e das noites neste país com a ajuda da nossa simpática guia. Então é assim: o dia mais curto é o dia 22 de Dezembro que tem apenas cerca de meia hora de sol por volta da uma da tarde. Depois os dias vão aumentando progressivamente e em Junho o sol nunca desaparece, quando muito fica como se estivesse a pôr, e nunca há noites, uma vez que não consegue passar a linha do horizonte de tão próximos que estamos dos pólos. Durante a Primavera e o Outono, como agora, os dias são quase como no sul da Europa, das 7h da manhã até às 8 h da noite.
Esclarecidos?
Obrigadinho,
Muitos beijinhos que farto-me de trabalhar mas eu sei que gostam de ler e eu adoro escrever para vocês. Como disse há pouco aos meus novos amigos: “writing just me makes me feel alive. It’s the thing that I really, really enjoy to do in live”. “ Oh surelly?”, disseram eles. “You should write a book, then…”. E eu respondi “maybe someday I’ll try it. I’m just looking for a really good story”.
Vão para dentro que está frio.
Beijinhos…
Esclarecidos?
Obrigadinho,
Muitos beijinhos que farto-me de trabalhar mas eu sei que gostam de ler e eu adoro escrever para vocês. Como disse há pouco aos meus novos amigos: “writing just me makes me feel alive. It’s the thing that I really, really enjoy to do in live”. “ Oh surelly?”, disseram eles. “You should write a book, then…”. E eu respondi “maybe someday I’ll try it. I’m just looking for a really good story”.
Vão para dentro que está frio.
Beijinhos…
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PS: São 2 e meia da manhã... e eu nisto... e tudo dorme...
2 comentários:
Thanks for all.Yes...I think the same.Write a book is the way.I buy.Certainly!!!
Que coisas bonitas e maravihosas nos contas e mostras ! Bem hajas !!! A poroposito da escrita do livro, há já muito que te falo nisso, né ??? Fico à espera !!! Um grande abraço, amigão !!!!
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