Esta foto é uma daquelas coisas incríveis que acontece uma vez em mil. Não é uma montagem em Photoshop! Foi tirada mesmo assim. Eu estava a focar a faixa que aparece em fundo e o cachecol do Luís passou pela frente da objectiva nesse mesmo instante. Pensei que me tivesse estragado a imagem. O resultado foi este que nos deixou a todos boquiabertos.
-
-
Há quem diga que já não há amigos de verdade…
Que os amigos se movem por interesses…
Que os amigos só servem para os copos e os petiscos…
Que quando se precisa de verdade… nunca estão lá.
Esse não é (nunca foi, felizmente), o meu conceito de amizade. Para mim, um amigo, quando é verdadeiro e sentido, é um autêntico tesouro. Um amigo é como se fosse um irmão, um novo familiar pela via da afinidade que nós escolhemos e nos escolhe a nós para a vida.
E sim, também aqui é importante saber distinguir os amigos dos conhecidos e estes dos interesseiros porque não raras vezes, os últimos quase tudo fazem para se fazerem passar pelos primeiros. Eu, mesmo que as vezes possa conseguir fazer que não percebo, topo-os à légua.
Estes quatro anos de experiência autárquica e sobretudo os complicados meses que se seguiram de pós-operatório foram decisivos para me ajudar a separar o trigo do joio.
Muito me orgulho do património de amizade que consegui reunir ao longo da minha vida: não são assim tão poucos e todos esses, sei que são dos bons.
Tudo isto a propósito do que me aconteceu neste fim-de-semana.
Tínhamos estado juntos uns dias antes por motivos de serviço de ambos. Perguntou-me se ia ao jogo do ano e eu disse-lhe que não… tinha sido lesto no processo de aquisição de bilhetes, tinha feito quase tudo bem mas nem mesmo assim tinha ido a tempo de evitar que a corrida louca aos ingressos via net me deixasse de fora da catedral.
Disse-me então: “deixa lá que eu vou ver o que é que te consigo arranjar…”. A promessa ficou assim… no ar… que eu não sou homem de cobrar. Conhecendo-o eu como conheço, sabendo da sua persistência, da sua lealdade, do seu profissionalismo, da sua rectidão, sabia que só não o faria se fosse mesmo impossível. Mas era um jogo louco. Estava tudo a rebentar pelas costuras e achei que era melhor não alimentar ilusões.
De forma que estava resignado. Era sexta-feira, quase 5 e meia da tarde, hora de largar o servicinho e eu já só pensava no sábado que ia passar em família, de passeio na cidade mais próxima (Castelo Branco, claro! Há outra?) tal e qual como prometido à mais pequena como prémio pelo seu bom comportamento e pelas classificações na escolinha.
O telemóvel saltou então na secretária e eu agarrei-o pelas orelhas: “Viva amigo!”. A voz do outro lado fez-me estremecer: “Então ainda queres ir ao Benfica - Braga? É que tenho aqui dois bilhetinhos para ti… de borla… e podem chegar a ser 3… Vê lá... Vê tu quem queres trazer…”. Quando consegui meter ar suficiente nos pulmões para responder disse-lhe: “Ai homem que tu desgraças a minha vida. Estava aqui tão descansadinho, com tudo tão orientado… e tu entras como um furacão e deixas tudo de pantanas… Se eu quero ir, claro que quero ir! Alguma vez posso recusar uma coisas destas? Deixa-me fazer umas chamadas que eu tenho que falar com o meu pessoal… Mas olha… desde já… bem hajas. Nem sei como te agradecer. Isto para mim é como aqueles favores que se faziam antigamente… de conseguir encaixar o filho na GNR ou meter a filha na PSP. É daqueles que por mais que a gente faça… nunca se pagam”.
Os dois bilhetes sempre passaram a 3 e em menos de uma hora já tinha o line up definido e estava pronto a marchar.
Esse Amigo chama-se Nuno Pires e é, a par do meu sogro e do Gil (o dono dos Correios de Marvão), um dos maiores benfiquistas vivos que eu conheço. Perguntei-lhe se me permitia a inconfidência e me deixava prestar-lhe esta humilde homenagem. Era o mínimo que lhe podia fazer.
Nessa tarde, o Nuno abriu-me as portas da felicidade. Bem hajas, do fundo do coração.
Há quem diga que já não há amigos de verdade…
Que os amigos se movem por interesses…
Que os amigos só servem para os copos e os petiscos…
Que quando se precisa de verdade… nunca estão lá.
Esse não é (nunca foi, felizmente), o meu conceito de amizade. Para mim, um amigo, quando é verdadeiro e sentido, é um autêntico tesouro. Um amigo é como se fosse um irmão, um novo familiar pela via da afinidade que nós escolhemos e nos escolhe a nós para a vida.
E sim, também aqui é importante saber distinguir os amigos dos conhecidos e estes dos interesseiros porque não raras vezes, os últimos quase tudo fazem para se fazerem passar pelos primeiros. Eu, mesmo que as vezes possa conseguir fazer que não percebo, topo-os à légua.
Estes quatro anos de experiência autárquica e sobretudo os complicados meses que se seguiram de pós-operatório foram decisivos para me ajudar a separar o trigo do joio.
Muito me orgulho do património de amizade que consegui reunir ao longo da minha vida: não são assim tão poucos e todos esses, sei que são dos bons.
Tudo isto a propósito do que me aconteceu neste fim-de-semana.
Tínhamos estado juntos uns dias antes por motivos de serviço de ambos. Perguntou-me se ia ao jogo do ano e eu disse-lhe que não… tinha sido lesto no processo de aquisição de bilhetes, tinha feito quase tudo bem mas nem mesmo assim tinha ido a tempo de evitar que a corrida louca aos ingressos via net me deixasse de fora da catedral.
Disse-me então: “deixa lá que eu vou ver o que é que te consigo arranjar…”. A promessa ficou assim… no ar… que eu não sou homem de cobrar. Conhecendo-o eu como conheço, sabendo da sua persistência, da sua lealdade, do seu profissionalismo, da sua rectidão, sabia que só não o faria se fosse mesmo impossível. Mas era um jogo louco. Estava tudo a rebentar pelas costuras e achei que era melhor não alimentar ilusões.
De forma que estava resignado. Era sexta-feira, quase 5 e meia da tarde, hora de largar o servicinho e eu já só pensava no sábado que ia passar em família, de passeio na cidade mais próxima (Castelo Branco, claro! Há outra?) tal e qual como prometido à mais pequena como prémio pelo seu bom comportamento e pelas classificações na escolinha.
O telemóvel saltou então na secretária e eu agarrei-o pelas orelhas: “Viva amigo!”. A voz do outro lado fez-me estremecer: “Então ainda queres ir ao Benfica - Braga? É que tenho aqui dois bilhetinhos para ti… de borla… e podem chegar a ser 3… Vê lá... Vê tu quem queres trazer…”. Quando consegui meter ar suficiente nos pulmões para responder disse-lhe: “Ai homem que tu desgraças a minha vida. Estava aqui tão descansadinho, com tudo tão orientado… e tu entras como um furacão e deixas tudo de pantanas… Se eu quero ir, claro que quero ir! Alguma vez posso recusar uma coisas destas? Deixa-me fazer umas chamadas que eu tenho que falar com o meu pessoal… Mas olha… desde já… bem hajas. Nem sei como te agradecer. Isto para mim é como aqueles favores que se faziam antigamente… de conseguir encaixar o filho na GNR ou meter a filha na PSP. É daqueles que por mais que a gente faça… nunca se pagam”.
Os dois bilhetes sempre passaram a 3 e em menos de uma hora já tinha o line up definido e estava pronto a marchar.
Esse Amigo chama-se Nuno Pires e é, a par do meu sogro e do Gil (o dono dos Correios de Marvão), um dos maiores benfiquistas vivos que eu conheço. Perguntei-lhe se me permitia a inconfidência e me deixava prestar-lhe esta humilde homenagem. Era o mínimo que lhe podia fazer.
Nessa tarde, o Nuno abriu-me as portas da felicidade. Bem hajas, do fundo do coração.
Com Jesus... os milagres acontecem de forma natural! Aqui, assistimos ao da multiplicação do pão na versão cartões de sócio / bilhetes, pelo apóstolo Nuno
-
A nossa sorte grande e os felizardos contemplados
As litronas antes de partir para o estádio são um must e ademais... dão-nos sorte! Esta foram pagas pelo Jesus que mandou meter na conta do ceguinho.
As litronas antes de partir para o estádio são um must e ademais... dão-nos sorte! Esta foram pagas pelo Jesus que mandou meter na conta do ceguinho.
-
A gente boa encontra-se onde quer que esteja. Aqui celebrámos com os nossos conterrâneos que alinharam na excursão da Casa do Benfica de Castelo de Vide. Da esquerda para a derecha: Sérgio, João António, Nuno Pires, Bonito, Barradas, Manel Joaquim Mota, Tio Sabi e Vítor Malaquias, uma coqueluche que nos quiseram arrematar por meio milhão de euros. Nem assim a gente o vendeu!
É tão lindo... o mar de gente
O céu deve ser assim... uma águia gigante como estas vem, abraça a gente já muito velhinho e leva-nos para o pé do Eusébio e do Rui Costa que nessa altura tb já marcharam...
Ó primo... Já cá estou! Olaré!
É tão lindo... o mar de gente
O céu deve ser assim... uma águia gigante como estas vem, abraça a gente já muito velhinho e leva-nos para o pé do Eusébio e do Rui Costa que nessa altura tb já marcharam...
Ó primo... Já cá estou! Olaré!
O Cardozo ou o Kardec?
Acho que já tenho o 11 inicial!
Quando vínhamos no carro de regresso, pensei que gostava de conseguir transmitir aos outros o que é que me faz tão feliz quando vou à catedral em romaria para mais uma joga do meu Benfica. O que é que me move? E defini alguns momentos que acho que conseguem passar em parte o que pretendo:
Momento 1: Quando conseguimos os bilhetes e finalmente nos chegam à mão. Aquela alegria já ninguém nos tira.
Momento2: Quando deixamos Portalegre para trás e passamos a estação dos comboios. Ali atingimos o “ponto de não retorno” e a boa disposição dispara. Apesar de estarmos quase todos nos quarenta (alguns dos convivas que costumam alinhar já os passaram há muito) não conseguimos deixar de nos sentir como os cachopos quando descobrem onde o padre guarda a ginja. É demais!
Momento3: A chegada às rulotes junto ao Colombo. Estamos na nossa praia. Aquela Terra Média é a fronteira para o palco dos sonhos. Ali, debaixo do viaduto, embrenhados no fumo dos grelhados, admirando a barbela na chapa ou desfrutando de uma imperial geladinha, participando nos cânticos ou apenas estando de pé e de vermelho, sentimo-nos partes de um organismo superior, de um todo gigantesco, de um mito colectivo que nos arrebata e inebria.
Quando vínhamos no carro de regresso, pensei que gostava de conseguir transmitir aos outros o que é que me faz tão feliz quando vou à catedral em romaria para mais uma joga do meu Benfica. O que é que me move? E defini alguns momentos que acho que conseguem passar em parte o que pretendo:
Momento 1: Quando conseguimos os bilhetes e finalmente nos chegam à mão. Aquela alegria já ninguém nos tira.
Momento2: Quando deixamos Portalegre para trás e passamos a estação dos comboios. Ali atingimos o “ponto de não retorno” e a boa disposição dispara. Apesar de estarmos quase todos nos quarenta (alguns dos convivas que costumam alinhar já os passaram há muito) não conseguimos deixar de nos sentir como os cachopos quando descobrem onde o padre guarda a ginja. É demais!
Momento3: A chegada às rulotes junto ao Colombo. Estamos na nossa praia. Aquela Terra Média é a fronteira para o palco dos sonhos. Ali, debaixo do viaduto, embrenhados no fumo dos grelhados, admirando a barbela na chapa ou desfrutando de uma imperial geladinha, participando nos cânticos ou apenas estando de pé e de vermelho, sentimo-nos partes de um organismo superior, de um todo gigantesco, de um mito colectivo que nos arrebata e inebria.
-
-
Momento 4: Quando acabam as escadas e começa o verdadeiro interior do estádio. Quando acaba o cinzento do betão e vislumbramos o tapete verde e as bancadas cheias de milhares de fiéis como nós. Tanto pormenor, tanto detalhe, tanta coisa que ver.
Momento 5: O momento do hino “Ser benfiquista” com o bailado dos cachecóis em coreografia. É uma coisa do outro mundo. Sempre de arrepiar!
Momento 6: Quando as crianças chamam a Vitória e ela mergulha na multidão. O estádio bate palmas, grita por ela, fica em suspenso e é como se tudo se passasse em câmara lenta. Eu olho-a e imagino como será poder ver tudo com os seus olhos. Tanto sorriso, tanta lágrima, tanta alegria. Quando aterra no símbolo do Clube, a catedral vem abaixo num orgasmo de emoções colectivo. Aquilo não se explica. Sente-se. (Coisa que os lagartos e os tripas jamais poderão ter. Mas agora que penso nisso, largar uma boa dúzia de leões famintos ou de dragões lança-chamas nas bancadas nem era má ideia).
Momento 7: O jogo em si e reparem que quando começa, já temos tanta coisa boa que já podemos dizer que tudo valeu a pena. O jogo são 90 minutos da mais pura emoção, com o coração na boca e o corpo a estremecer a cada passe, cada corte, cada lance, cada remate, cada defesa. Acreditem: por muito que se veja na televisão… não há nada, nada como a excitação de ver um jogo ao vivo.
E prontos, só estes 7 já são bem ilustrativos mas poderia falar em muito mais coisas… no almocito no excelente Rodízio de Peixe do “Âncora Azul” do Clube Naval de Setúbal ou no “Barbas”… na paragem obrigatória nas bifanas de Vendas Novas no regresso… no que a gente se ri uns com os outros quando dizemos parvoeiras ou alguns se deixam dormir… enfim… é um pagode! Que bom que é, Meu Deus!
Como dizia o Manel Gavancha (segundo o meu sogro): “Nunca deixem acabar isto!”.
E já falta tão pouco para 5ª Feira…
Momento 5: O momento do hino “Ser benfiquista” com o bailado dos cachecóis em coreografia. É uma coisa do outro mundo. Sempre de arrepiar!
Momento 6: Quando as crianças chamam a Vitória e ela mergulha na multidão. O estádio bate palmas, grita por ela, fica em suspenso e é como se tudo se passasse em câmara lenta. Eu olho-a e imagino como será poder ver tudo com os seus olhos. Tanto sorriso, tanta lágrima, tanta alegria. Quando aterra no símbolo do Clube, a catedral vem abaixo num orgasmo de emoções colectivo. Aquilo não se explica. Sente-se. (Coisa que os lagartos e os tripas jamais poderão ter. Mas agora que penso nisso, largar uma boa dúzia de leões famintos ou de dragões lança-chamas nas bancadas nem era má ideia).
Momento 7: O jogo em si e reparem que quando começa, já temos tanta coisa boa que já podemos dizer que tudo valeu a pena. O jogo são 90 minutos da mais pura emoção, com o coração na boca e o corpo a estremecer a cada passe, cada corte, cada lance, cada remate, cada defesa. Acreditem: por muito que se veja na televisão… não há nada, nada como a excitação de ver um jogo ao vivo.
E prontos, só estes 7 já são bem ilustrativos mas poderia falar em muito mais coisas… no almocito no excelente Rodízio de Peixe do “Âncora Azul” do Clube Naval de Setúbal ou no “Barbas”… na paragem obrigatória nas bifanas de Vendas Novas no regresso… no que a gente se ri uns com os outros quando dizemos parvoeiras ou alguns se deixam dormir… enfim… é um pagode! Que bom que é, Meu Deus!
Como dizia o Manel Gavancha (segundo o meu sogro): “Nunca deixem acabar isto!”.
E já falta tão pouco para 5ª Feira…
-
LÁ ESTAREMOS ENTRE OS BIFES!
CONTRA OS BIFES… MARCHAR, MARCHAR!
Temos de ir pensando em alugar um quartito por lá…
Temos de ir pensando em alugar um quartito por lá…
SLB!!!!!!
-
1 comentário:
Obrigado, Nuno! Que Deus te pague! (que isto, para nós, foi como se tivesse caído do céu!)
Grande abraço e até quinta. Vê lá se consegues vir almoçar connosco… és nosso convidado!
Bonito
Enviar um comentário