A série “Star Trek” (“Caminho das Estrelas” em português) foi uma das mais felizes delícias televisivas da minha infância. Tudo aquilo era de um deslumbramento sem igual. E mesmo hoje, já mais crescidinho, não raras vezes a revejo na minha memória.
De todos os gadgets ultra-modernos que ajudaram a construir aquele imaginário sideral, o “desintegrador de partículas” era claramente o mais apetecível.
A rapaziada metia-se lá debaixo do secador gigante, começavam a chover-lhe estrelinhas no corpo todo e desapareciam num ápice para voltarem a ser gente no ponto que desejassem, por mais remoto que fosse.
Eu sonhava com aquilo… e lembro-me de pensar que quando fosse gente a sério, homem vá, haveria de ter um em casa.
Mas não…
Se tivesse, mesmo agora ia direitinho para a Catedral da Luz e dali, depois de ver o meu Benfica consumar mais uma vitória a caminho do título, tirava bilhete para o Kodak Theatre, onde assistiria a mais uma cerimónia de entrega dos Óscares, com o Jack Nicholson de um lado e a Penélope Cruz do outro. O Javier Bardem? Tinha ido comprar-nos charutos à tabacaria cubana da esquina. (Despacha-te rapaz!).
E depois… por mais que eu dissesse que tinha de regressar logo no final do espectáculo… que amanhã é dia de escola… já sei que o mais certo era ir parar a uma after-party qualquer cheia de gente gira e de glamour… talvez a beber flutes de “Moët & Chandon” numa piscina aquecida com a Angelina Jolie e Monica Bellucci. (Está boa a água, queridas? Morninhaaaa).
Dali já nem vinha a casa. Aterrava logo nas Finanças de Marvão, pronto para receber mais umas declaraçõezinhas da campanha de IRS. Olaré! Toda a gente havia de reparar nas olheiras mas que fazer? Há coisas tão mais fortes que nós…
De todos os gadgets ultra-modernos que ajudaram a construir aquele imaginário sideral, o “desintegrador de partículas” era claramente o mais apetecível.
A rapaziada metia-se lá debaixo do secador gigante, começavam a chover-lhe estrelinhas no corpo todo e desapareciam num ápice para voltarem a ser gente no ponto que desejassem, por mais remoto que fosse.
Eu sonhava com aquilo… e lembro-me de pensar que quando fosse gente a sério, homem vá, haveria de ter um em casa.
Mas não…
Se tivesse, mesmo agora ia direitinho para a Catedral da Luz e dali, depois de ver o meu Benfica consumar mais uma vitória a caminho do título, tirava bilhete para o Kodak Theatre, onde assistiria a mais uma cerimónia de entrega dos Óscares, com o Jack Nicholson de um lado e a Penélope Cruz do outro. O Javier Bardem? Tinha ido comprar-nos charutos à tabacaria cubana da esquina. (Despacha-te rapaz!).
E depois… por mais que eu dissesse que tinha de regressar logo no final do espectáculo… que amanhã é dia de escola… já sei que o mais certo era ir parar a uma after-party qualquer cheia de gente gira e de glamour… talvez a beber flutes de “Moët & Chandon” numa piscina aquecida com a Angelina Jolie e Monica Bellucci. (Está boa a água, queridas? Morninhaaaa).
Dali já nem vinha a casa. Aterrava logo nas Finanças de Marvão, pronto para receber mais umas declaraçõezinhas da campanha de IRS. Olaré! Toda a gente havia de reparar nas olheiras mas que fazer? Há coisas tão mais fortes que nós…
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PS: Mas no Bairro Manuel Pedro da Paz, à lareira com as minhas pequenas também não se está nada mal e com um bocadinho de sorte, também vou conseguir ver tudo. À distância mas… sempre é melhor que nada.
PS: Mas no Bairro Manuel Pedro da Paz, à lareira com as minhas pequenas também não se está nada mal e com um bocadinho de sorte, também vou conseguir ver tudo. À distância mas… sempre é melhor que nada.
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Já dizia o outro: “Antes rico e saudável que pobre e doente”.
Já dizia o outro: “Antes rico e saudável que pobre e doente”.
1 comentário:
Boa noite sr. Pedro Sobreiro.Des_
culpe esta pequena brincadeira.
Aqueles compadres que aparecem na
TV, no anúncio ao "Pão com Azêto_
nas", não me diga que eles são do
afamado Pingo Doce de Castelo de
Vide?(terra do mê pai).
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