terça-feira, 10 de março de 2009

O baile de gala


O nosso Cavaco deu hoje um bruto jantar de gala, assim ao jeito dos serões na corte do Rei-Sol, Luís XIV, em homenagem ao presidente angolano José Eduardo dos Santos.

Não se faz… Numa altura destas, em que a malta anda toda a bater com eles numa laje, uma festa daquelas? Tanta ostentação, tanto luxo? No palácio da Ajuda? Com baixelas milionárias e centenárias? Enquanto o pessoal conta os euros para pagar a torradeira e as senhas de almoço da pequenada?

Para mim é a mesmo coisa que os pais dizerem aos filhos para irem para a cama sem jantar porque não há guito e depois sentarem-se na sala a comer ostras e caviar, bem regados com champanhe.

Foda-se! Então a moral não está primeiro que a diplomacia?!?!?!?!?!?

Demagógico?

Demagógicos são vocês!

Onde anda o meu dinheirinho…

E logo para quem… Gostei muito de ouvir esse tal Eduardo dos Santos dizer na conferência de imprensa: “ Ai já é altura de convocar eleições presidenciais? Boa! Ainda não tinha reparado nisso. Eu? Eu estou capaz de continuar, pá… Acho que tenho legitimidade… Constituição? Ah, isso logo se vê… Talvez para a próxima. Mas nada de pressas…”.

Brilhante também o discurso mesmo na mesa onde se prestava a jantar com o nosso mais-que-tudo: “Sabe, Sr. Presidente, convinha Vossa Excelência dar um jeitinho lá na Guiné Bissau. Aquilo agora está complicado… A droga é uma porra… Ou se tem tudo muito controlado, ou a malta briga uns com os outros… Os dólares são muitos… não há lei nem ordem… Diga? Pois, eu sei que nós dissemos que queríamos ser independentes mas o people não se entende…

Aaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh

Sometimes I feel like I’m going fuckin’ insane!

Razão tem o zarolho do Medina Carreira que ontem se fartou de zurzir em tudo o que mexe no programa de supostas entrevistas do Mário Crespo: “Nós somos um país de brincar!”.

Que tenham bom proveito!

PS: África tem coisas verdadeiramente estranhas: Nino Vieira foi a enterrar… de ambulância!

Aquela gente ainda deve acreditar em milagres…


Notas de imprensa:

Diário de Notícias – 07.07.2005
(http://dn.sapo.pt/2005/07/07/internacional/angola_pode_romper_o_devido_a_estudo.html)


“Angola pode romper com o FMI devido a estudo sobre corrupção"
Pobreza: O professor americano John McMillan refere no seu estudo que, em 2002, 70% dos angolanos viviam com menos de um dólar por dia.




www.angonoticias.com
(http://www.angonoticias.com/full_headlines.php?id=13716)

Angola é o segundo país mais corrupto do mundo. Apesar da questão da corrupção ser tabu em Angola, a verdade é que a predominância do assunto no nosso país corre o Mundo, sendo até conhecido por intermédio de estudos científicos. No ano passado, a Transparência Internacional reputou Angola como sendo o país mais corrupto de um universo de 34 estudados para produzir o Índice de Percepção da Corrupção relativo aquele ano.

Trata-se de um índice composto que afere a prevalência de corrupção no sector estatal e nos bancos, reflectindo a opinião da comunidade de negócios e de analistas locais, de cada país.


Angolanos.net
(http://angolanos.net/article.php?n=6&page=1)

José Eduardo dos Santos, apontado como um dos Homens mais rico de Angola

Luanda - Na sua edição que Hoje saiu as ruas, o Jornal “Financial Time”, crê que o Presidente José Eduardo dos Santos, é um dos homens mais ricos de Angola. A matéria elaborada pelo jornalista John Reed, não da sustento algum sobre a suposta riqueza atribuída ao Chefe de estado Angolano, preferindo destacar, sobre a falta de transparência das receitas do Petróleo. Aquele matutino, salienta que a ONG, Global Witness, tem estado apontar o executivo angolano “como um dos países mais corrupto do Mundo”.

Eduardo dos Santos é actualmente um dos políticos há mais tempo no poder no continente africano, sendo apenas ultrapassado por Omar Bongo, que é presidente do Gabão há 38 anos, e por Muammar Kadhafi, que preside aos destinos da Líbia há 36 anos. O aniversário da tomada de posse do presidente angolano não é, no entanto, assinalado com nenhuma iniciativa especial no país, ao contrário do que sucede, por exemplo, com a data do seu nascimento, que é comemorada com um extenso conjunto de iniciativas que se prolongam por várias semanas.

José Eduardo dos Santos tinha 37 anos quando, a 21 de Setembro de 1979, foi investido no cargo de presidente da República, sucedendo a António Agostinho Neto, falecido poucos dias antes em Moscovo na sequência de uma intervenção cirúrgica. Na mesma altura, assumiu as funções de presidente do MPLA, partido no poder em Angola desde a independência do país, cargo que ainda mantém actualmente. Na sequência dos Acordos de Bicesse, assinados em Lisboa a 31 de Maio de 1991, realizaram-se em Angola em Setembro de 1992 as primeiras eleições gerais no país, tendo José Eduardo dos Santos concorrido à Presidência da República.

Na primeira volta, José Eduardo dos Santos venceu com 49 por cento dos votos, tendo Jonas Savimbi, então líder da UNITA, conquistado o segundo lugar, com 41 por cento dos votos. Esta votação obrigava a uma segunda volta das presidenciais, que nunca se chegou a realizar devido ao reinício do conflito armado na sequência da rejeição dos resultados eleitorais pela UNITA. Na impossibilidade de se encerrar o processo eleitoral, José Eduardo dos Santos manteve-se como Presidente da República. Em Agosto de 2001, anunciou publicamente que não tencionava voltar a candidatar-se ao cargo quando existissem condições no país para realizar novamente eleições.

Na sequência do fim do conflito armado, em Abril de 2002, Angola está actualmente a preparar a realização das próximas eleições presidenciais e legislativas, que se prevê que ocorram em 2006. A generalidade dos analistas políticos angolanos tem vindo a manifestar a convicção de que José Eduardo dos Santos deverá ser o candidato do MPLA nas presidenciais, mas o actual presidente angolano não voltou a referir-se ao assunto desde o discurso que proferiu em Agosto de 2001.

Fonte: Finantial Times/Lusa/Angola.org

1 comentário:

Pilole disse...

Con ese dinero que se ha gastado vuestro Presidente en la comida para el presidente angolano, se daria de comer al pueblo, que está bastante más necesitados que los estómagos de los dirigentes, no sólo pasa en Portugal, en España también y ´nos piden su voto ¿para que?, paara llenarse sus particulares bolsillo y tener al pueblo muerto de hambre. En fín ésto es la democracia. Un saludo