quinta-feira, 7 de março de 2013

Vendo o mundo de binóculos do alto de Marvão via facebook para quem não tem facebook e gosta de ver o mundo como eu o vejo. Dia 6 de Março. Quarta-feira. Ano da graça do senhor dois mil e treze.




O facebook é muito bom se for bem utilizado porque é inusitado e inovador. É leve.

Custou-me imenso viver quando não tinha o meu blogue. Doeu quando lhe meti um fim. Para mim é difícil não opinar. Não me poder expressar. Não meter cá para fora aquilo que vai cá dentro. Mas alguma coisa tinha de mudar. Alguma coisa tinha de ser nova. E quem me haveria de dizer a mim que isto seria pelo facebook?

Estava longe de pensar tal coisa. Não digo que fosse impossível, mas… era muito pouco provável.

Aconteceu e a coisa já se deu. Ainda bem.

O meu blogue renascido pela via do facebook é despretensioso, se é que ele alguma vez foi o contrário. Não estou a ser cínico. Estou a ser sincero.

O meu blogue via facebook não tem de ter aquele must de ter de ser um texto. Ser composto por um princípio, meio e fim que herdei do tempo do meu primeiro blogue “Desabafos de Marvão”, ainda patente em desabafomarvao.blogspot.com.

O meu blogue via facebook pode ser apenas uma ideia, 3 ou 4 linhas, um pensamento. É bom assim. Olhem, eu cá gosto assim. Esta versão light facebook é muita boa. Pelo menos o Tio Sabi gosta. Os meninos e as meninas, se não gostarem, já sabem… Isso mesmo! Comam só as batatinhas fritas e metam a carne de lado. Viram como aprender é tão fácil? Lindos!



Dia 6 de Março. Quarta-feira. Ano da graça do senhor dois mil e treze.



E o Hugo Chávez calou-se mesmo. De vez.



O Hugo Chávez fez hoje o que o rei de espanha lhe pediu certa vez numa conferência de líderes de países falantes de castelhano, se bem me lembro.

Numa coisa assim tipo PALOPs ou coisa que o valha. Lembro-me que o homem não parava de interromper os outros, sendo maçador e inoportuno.

Foi então que o rei decidiu pôr água na fervura, perguntando-lhe: ”E porque no te callas?”.

E prontos, foi hoje.

Calou-se.

De manhã, enquanto tomava banho, ouvi na rádio a notícia da sua morte.

O cancro não o deixou ganhar e levou-o.

Derrotou o homem. Fez nascer o mito que agora será elevado pelas massas.

Massas que nele apagarão o mal e errado.

Apenas glorificarão o bem.

Assim se constroem os mitos.

Paz à sua alma.




Grande Zé Mourinho. A brilhar no palco dos sonhos.



Posso não trazer nada de mais. Posso não aportar nada de novo ao facebook.

Mas a minha posição, o meu modo de ver o mundo (sempre de binóculos e sempre do alto de Marvão) é fora do normal. No mínimo. É inovador porque é irreverente. Sempre.

Pode não trazer nada de novo mas pelo menos não aporta vulgaridade.

Não sou apenas mais um produto como os fabricados na China ou na Índia que produzem milhares de produtos num minuto.

Não sou um daqueles comentários banais sobre a vida e o amor que se multiplicam em massa nas redes sociais.

Digo coisas que penso mas sempre pela minha cabeça e sem medo. Como esta: o José Mourinho é grande! O Zé Mourinho é muito grande. Adoro-o. José Mourinho é o maior. Ir a Old Trafford. Essa catedral do futebol onde este desporto atinge um patamar divino e ganhar, não é para qualquer um. É só para alguém grande.

Estar a perder, remontar e passar para cima, é coisa de obra. Ganhar e reconhecer que o seu Madrid não foi o melhor clube do jogo. Conceder que perdeu o clube que jogou mais, é coisa que só está ao seu alcance, ao alcance do Mourinho. É de nível. É insuperável.

Ele desarma porque é verdadeiro. Desarma qualquer um porque diz sempre a verdade. Como desta vez.

O homem é como o rei Midas, transforma-se em ouro tudo o que toca. Foi ver do Modric que para mim era um desconhecido (também não é preciso muito para isto acontecer) e o homem fez um golo de parar o trânsito.

Encostou o Casillas que tem a mania que é maior do que aquilo que realmente é. No seu lugar colocou o Diego López, toda a vida encostado na sombra do outro e este brilhou.

Numa palavra: fantástico.

1 comentário:

Helena Barreta disse...

Como não tenho o privilégio de subir a Marvão e ver de lá o Mundo, vejo-o por aqui, pelos seus binóculos e gosto.

Também eu sou admiradora confessa, de há muito, de José Mourinho.

Um abraço